O romance se estrutura em duas partes. A primeira, “Antares”, conta a história dessa cidade fictícia, do início dos tempos até o presente dos fatos. A segunda, “O incidente”, narra os acontecimentos do final de 1963 e dos anos seguintes, durante e após o golpe militar de 1964. Antares começa como o “Povinho da Caveira”, nome dado por um viajante francês que, já naqueles tempos, ali encontra um representante da família Vacariano. Depois da Guerra dos Farrapos, por volta de 1860, aparece o primeiro Campolargo, representando a família rival na disputa pelo controle político do lugar. Os dois clãs viverão em conflito ao longo de gerações. A cidade obtém sua emancipação após a Guerra do Paraguai. Ganham as ruas a campanha abolicionista e a propaganda republicana, em meio a lutas entre as famílias, que sempre tomam partidos opostos. Há mortes e episódios de truculência inominável. Mas Antares muda. Surgem jornais, usina elétrica, automóveis, o futebol conquista o seu lugar. Os filhos