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Não Era Amor, Eberth Vêncio

           Uma mosca pousa sobre a glande ainda úmida. Possui uma carapaça brilhante, verde-metálica. Quem com ferro fere com ferro será ferido? Observo-a, desprovido de maior encanto. A simples curiosidade já contenta a mim. Qual o seu próximo passo? Aimée dormita sobre o meu peito. Sinto os pelos crisparem. Indícios de que a saliva escorre, vaza pela sua boca de lábios delicados que gritam escândalos, obscenidades. Mosquitinhos-de-banana dão o ar da graça, flutuando em voos circulares sobre a sua cabeça. Ela é doce como uma banana madura.      Tenho planos de não afugentar a minha mosca. Estico lentamente o braço esquerdo até alcançar os óculos que me expiam da escrivaninha. Alguém aí ainda usa escrivaninhas ao lado da cama? Sou um homem antiquado, maduro como uma banana, metido com uma mulher muito mais jovem, muito mais louca, igualmente imatura. Serei também um inseto? Quisera passar pela metamorfose de que no...