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Mostrando postagens com o rótulo Olavo bilac

José do Patrocínio e Olavo Bilac Não Sabiam Dirigir (nem um triciclo!)

     Em 1897, José do Patrocínio, abolicionista, jornalista, dono do jornal A Cidade do Rio e fundador da Academia Brasileira de Letras, retornou de uma viagem a Paris com um   automóvel , um triciclo a vapor inventado pelo francês Léon Serpollet. O veículo era uma novidade tecnológica na Europa e, ainda mais, no Brasil, onde automóveis eram raridade. A invenção de Serpollet consistia em uma caldeira menor e mais eficiente, adequada para uso em automóveis, desenvolvida apenas um ano antes.      Patrocínio anunciou com entusiasmo a compra do  veículo : “Trago de Paris um carro a vapor… O Veículo do Futuro, meus amigos. Um prodígio! Léguas por hora. (…) É a morte de tudo, dos tílburis, dos carros [puxados por cavalos], do bonde… até da estrada de ferro. Ficamos senhores da viação. É a fortuna.”     O automóvel causou alvoroço entre os cariocas, que, conforme relatou o cronista João do Rio, viam o veículo com curiosidade e espanto.   ...

O Famoso Quem? Victor Leal

Victor Leal era português, magro, tinha o nariz afilado e usava um chapéu largo.  Escreveu durante 3 anos (1890 a 1893) na Gazeta de Notícias.  O Esqueleto , A Mortalha de Alzira e O Monte de Socorro são títulos do autor que foram publicados no jornal carioca no fim do século passado. Acontece que esse escritor, de fato, jamais existiu. Vou contar como foi. Na verdade, como aprendi há poucos dias:  a primeira obra de Victor Leal, publicada em forma de folhetim  em 1890, foi, na verdade, escrita por Olavo Bilac e Pardal Mallet.  Quem escreveu a segunda obra em 1891, A Mortalha de Alzira, foi Aluízio de Azevedo.  O sucesso dos folhetins foi tanto que juntaram-se a Coelho Neto e à 8 mãos escreveram:  Paula Mattos ou O Monte de Socorro em 1893.  Enfim, Victor Leal, era pseudônimo coletivo de Aluízio de Azevedo, Coelho Neto, Olavo Bilac e Pardal Mallet.  Fonte: Revista Superinteressante

Nascido em 16 de dezembro: Olavo Bilac

Nel mezzo del camin… "Nel mezzo del camin… Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, E alma de sonhos povoada eu tinha… E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha. Hoje segues de novo… Na partida Nem o pranto os teus olhos umedece, Nem te comove a dor da despedida. E eu, solitário, volto a face, e tremo, Vendo o teu vulto que desaparece Na extrema curva do caminho extremo. Fonte: Toda Matéria  Caricatura: Alian

Velhas Árvores, Olavo Bilac

Olha estas velhas árvores, mais belas Do que as árvores novas, mais amigas: Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras da idade e das procelas... O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas Vivem, livres de fomes e fadigas; E em seus galhos abrigam-se as cantigas E os amores das aves tagarelas. Não choremos, amigo, a mocidade! Envelheçamos rindo! envelheçamos Como as árvores fortes envelhecem: Na glória da alegria e da bondade, Agasalhando os pássaros nos ramos, Dando sombra e consolo aos que padecem!

Fechando Março e o Verão Com As Águas de Tom Jobim

Composta por Tom Jobim há 41 anos, foi eleita pela Folha de São Paulo (juri com jornalistas, músicos e  outros artistas) em 2001 como a melhor canção brasileira de todos os tempos.  Águas de Março, ganhou notoriedade na voz do autor e de Elis Regina. Música e literatura, nunca estiveram distantes e com a grande música de Tom Jobim não é diferente. A composição foi feita numa época em que o autor estava bastante triste, sentindo-se acabado como artista. Esse sentimento pessoal somado a um poema de Olavo Bilac: O Caçador de Esmeraldas ¹  e um ponto de macumba ² que lhe inspiraram, resultaram nessa beleza de música que você pode ouvir aqui com Maria Rita. (1) - Foi em março, ao findar da chuva, quase à entrada do outono, quando a terra em sede requeimada bebera longamente as águas da estação...  (Olavo Bilac) (2) É pau, é pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo (Grav. J.B de Carvalho) Fonte: Como Surgiu a ...

Crônica Cantada: Mônica Salmaso

Samba Erudito   Paulo Vanzolini Andei sobre as águas Como São Pedro Como Santos Dumont Fui aos ares sem medo Fui ao fundo do mar Como o velho Picard Só pra me exibir Só pra te impressionar Fiz uma poesia Como Olavo Bilac Soltei filipeta Pra ter dar um Cadillac Mas você nem ligou Para tanta proeza   Foi um preço tão alto Na sua beleza E então, como Churchill Eu tentei outra vez Mas você foi demais Pra paciência do inglês Aí, me curvei Ante a força dos fatos Lavei minhas mãos Como Pôncio Pilatos

Principes da Poesia (1) Olavo Bilac

     Quem nunca leu "príncipe dos poetas brasileiros" em referência a algum autor mais ou menos conhecido?  Vamos explicar  sobre isso. Aprendi ontem e compartilho.  Famosa revista carioca do início do século passado, a Fon Fon , numa iniciativa  inteligente, fez votação entre os intelectuais da época  para escolher quem seria o príncipe da poesia brasileira.        Era o ano de 1907 e o eleito foi Olavo Bilac.  Quase duas décadas depois, em 1924 a mesma FonFon, repete a eleição e o novo príncipe é o paulista Alberto de Oliveira em seguida a revista escolhe Olegário Mariano , em 1938.  A revista FonFon saiu de circulação em 1958. Olegário Mariano teria sido o último príncipe dos poetas se, nesse mesmo ano, o jornal carioca Correio da Manhã , não tivesse dado continuação à iniciativa da revista.                    Guilherme...

Escola sertaneja disputa prêmio nacional

O primeiro evento totalmente dedicado à literatura do Sertão de Pernambuco rendeu a um colégio estadual a indicação para o Prêmio Viva Leitura, dos Ministério da Educação e da Cultura. Por promoverem o Flis – Festival Literário de Sertânia , professores e alunos da Escola Olavo Bilac disputam R$ 30 mil com outras quatro instituições de ensino do País. O vencedor será conhecido quinta-feira, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Desde 2007, o Flis dá a poetas e cantadores do município a chance de divulgar sua produção artística . Mas vai além: estimula os estudantes a ler e até produzir suas próprias poesias, contos, cordéis. A ideia partiu da mente inquieta do professor de português e literatura Josessandro Andrade, logo apoiado pelos colegas. “Queríamos fazer que o ambiente escolar tomasse conhecimento da arte do nosso lugar. Afinal, Sertânia é uma cidade poética”, enfatizou o educador. De fato, o festival dobrou a frequência da biblioteca da Olavo Bilac e gerou o jornal ...