Primeiro número de O Pasquim saiu em junho de 1969. Ninguém tinha feito nada parecido até então, e uns intelectuais meio loucos fizeram um jornal que não perdoava, não aliviava nada de um governo ditatorial. Tempos de censura, prisões, torturas, exílios... Tempos tão diferentes!! Gentes tão diferentes... Colecionei O Pasquim por alguns anos. Lá conheci Jaguar, Millor, Ziraldo e Hefil com seus Frandins. Li entrevista cheia de palavrões com Leila Diniz, Madame Satã, Ibraim Sued. Era um jornal tão maluco que misturava sarcasmo de Paulo Francis com poesia de Ferreira Gullar. Penso que era o jornal mais bagunçado e querido daquela época. Ficou no coração e memória de quem esperava ansiosamente por ele nas bancas. Ansiedade feliz numa época tão triste. Um poema num jornal cheio de piadas? É como ...