Se você se enquadra entre aqueles que se dizem boêmios ou, pelo menos, entre aqueles que costumam ir, de vez em quando, a um desses muitos barzinhos elegantes de Copacabana, é provavel que já tenha visto alguma vez Pedro - o homem da flor. Se, ao contrário, você é de dormir cedo, então, não. Então, você nunca viu Pedro - o homem da flor - porque jamais ele circulou de dia e não ser lá, na sua favela do Esqueleto. Quando anoitece Pedro pega a sua clássica cestinha, enche de flores, cujas hastes teve o cuidado de enrolar em papel prateado, e sai do barraco rumo a Copacabana, onde fica até alta madrugad, entrando nos bares, porque Pedro conhece todos - vendendo rosas. Quando a cesta fica vazia, Pedro conta a féria e vai comer qualquer coisa no botequim mais próximo. Depois volta para casa como qualquer funcionário público que tivesse cumprido zelosamente sua tarefa, na repartiçào a que serve. Conversei uma vez com Pedro - o hom...