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Mostrando postagens com o rótulo Eduardo Alves da Costa

Banana Split, Eduardo Alves da Costa

Banana Split Eduardo Alves da Costa Aos que devoram o mundo tranquilos, como se comessem uma banana split; aos que usam as assembléias como balcão de negócios, na esperança de vender seu estoque de bombas; aos banqueiros internacionais, pressurosos em atender os mendigos de Estado, em troca de pequenas concessões; aos que plantam suas máquinas em terras estrangeiras, para espremer os frutos, o solo e as gentes; àqueles que falam doce e mandam seus missionários catequizar os gentios com hinos de dúbia letra; aos amantes da ciência, magos e feiticeiros, hábeis em curar moléstias geradas por eles mesmos; aos que levam nosso ferro e areias monazíticas e nos devolvem em troca o saldo de suas festas; aos que matam nossa fome com sacas de feijão podre e nos afogam a sede num mar de refrigerantes; aos que abrem suas asas sobre nossas cabeças ocas e nos fazem aliados contra o inimigo deles; enfim, a todos aqueles que usando de artimanhas suas artes no...

No Caminho Com Maiakóvski , Eduardo Alves da Costa

             Eduardo Alves da Costa Assim como a criança humildemente afaga a imagem do herói, assim me aproximo de ti, Maiakóvski. Não importa o que me possa acontecer por andar ombro a ombro com um poeta soviético. Lendo teus versos, aprendi a ter coragem.    Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história. Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, a...