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Mostrando postagens com o rótulo Sérgio Rodrigues

A Visita de João Gilberto Aos Novos Baianos, Sérgio Rodrigues.

      O homem chegou num fim de tarde de sábado, tipo cinco horas. O Moraes tinha inventado aquele dia de fazer uma moqueca mas, típico, perdeu o pique e a Ritinha teve que assumir. Moqueca atrasada, todo mundo faminto e quase de porre da cerveja na barriga vazia, um táxi Opala novo e de banho tomado para na estradinha de terra e me desce um cara de terno preto carregando um violão. Eu ri. Fazia um calor de melar cocaína, quase todo mundo no banho de mangueira, neguinho de sunga, Teresa Olho de Peixe, Baby e Pepita nuns deliciosos biquínis quase teóricos, de repente me desce do táxi a porra de um coroa de terno preto carregando um violão. De olhar, só olhar, pinicava o cocoruto. O táxi engatou uma ré e sumiu. Lembro de pensar, sujou, mas não deu tempo de ir longe na paranoia porque de repente o tempo parou. Sei lá quanto tempo o tempo ficou parado. Uma pausa de mil compassos do Paulinho, alguma coisa assim. O primeiro que abriu a boca foi outro Paulinho, o nosso...

Coitada da Norma, Tão Culta! Sérgio Rodrigues

- E a Norma, heim? - O que é que tem? - Você não soube? Anda mal falada. - A Norma? Depois de Velha? Mas ela é tão culta! - Pois é. E com aquela pose toda, a mania de ditar regrinhas de bom comportamento, de corrigir todo mundo... - Mas o que foi que aconteceu? - Ora, o que aconteceu é que caiu a máscara da madame, né? Descobriram finalmente como ela é autoritária, elitista e preconceituosa. E pior, abrbitrária, totalmente desconectada da realidade. - Puxa, eu sempre achei a Norma tão correta... - Correta demais aí é que está. Era para desconfiar, acho que demorou. Parece que até aqueles amigos que ela se orgulhava de ter no minostério andam virando a cara para ela. - Ah, coitada. Eu sinto pena. - Pois eu acho ótimo. Nunca fiquei à vontade na presença da dona, sabia? Muitas vezes aconteceu de eu ter alguma coisa importante para falar e ficar com medo. Preferia nem abrir a boca. - Isso é verdade, a Norma sempre foi difícil. - Tá vendo? Nem você, que é meio puxa-saco, está d...

Aniversário do blog, Revista Veja e Carnaval

Algumas boas coisas postadas no blog foram frutos do acaso.  Uma situação de ssas me aconteceu há quase um ano. Eu conto:   zapeando pelas imprensa on line, dei de cara com um blogueiro da Rev.Veja que havia tempos não lia. Em Fevereiro de 2011 ele procurava  10 contos de carnaval facilmente encontráveis na internet.  Disse que encontrou, mas sentiu falta de 2 que ele julgava muito bons. Não tive dúvidas, corri no meu exemplar de 200 crônicas escolhidas de Rubem Braga e digitei A Batalha do Largo do Machado , comprei num sebo o livro de Marques Rabelo e, da mesma forma, digitei Caprichosos da Tijuca . Postei todos dois e avisei ao blogueiro, que rapidamente informou no seu blog: " Um folião chamado Rubem Braga (Postagem de fevereiro de 2012) Recebi há poucos dias da leitora Regina Porto uma mensagem em que ela informava ter preenchido por conta própria uma grave lacuna na literatura carnavalesca digital: depois de ler um post – publicado no To...