Ainda estudante, ele pensava que sabia inglês, como geralmente acontece. Vivia às voltas com autores ingleses, que tomava de empréstimo numa biblioteca. Um dia se enfiou destemidamente pela poesia - pelo menos apareceu na faculdade com um volume de Byron debaixo do braço. Não tinha a menor intenção de humilhar os colegas, mas tão-somente a de ficar lendo o tempo todo, com aquela voracidade da juventude, que não busca propriamente entender o que lê, mas a satisfação de já ter lido. Não deixou, porém, de impressionar a patuléia ignara: - Está lendo Byron no original Alheio ao sucesso que causava, passou de Byron a Shelley,deste a Oscar Wilde, e tanto bastou para que se visse cercado de prestígio e admiração: - Conhece poesia pra burro. - Literatura inglesa é com ele. Quando deu por si era uma espécie de mentor de ala in...