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Mostrando postagens com o rótulo Um sonho em carne e osso

Mané Garrincha

     "Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um dos seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos...Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Isto é de Carlos Drummond de Andrade, o maior poeta modernista brasileiro. E nunca foi lido pelo alagoano Amaro - analfabeto, bêbado,cafuzo e mulherengo. Porém, pai de Manoel Francisco dos Santos, o essencial Garrincha, um dos melhores boleiros do planeta, que nasceu em 28 de outubro de 1933, no distrito mageense de Pau Grande, no Estado do Rio de Janeiro.      Mané era o quinto filho de casa e a irmã mais velha, Rosa, vendo nele o passarinho indomável e de canto suave, passou a chamá-lo de Garrincha. E ele,  bem como o apelido, desde cedo mostraria o que lhe era de gosto e tem...

Quintino em festa: 60 anos de Zico

                                                                                         Zic o Estátua comemorative dos 60 anos de Zico      O radialista Celso Garcia foi a Quintino,no Rio, e ficou pasmo com um garoto que sabia tudo de bola. “Dê seu nome e idade”- pediu. Aí o guri disse: Artur Antunes Coimbra, ou Zico, estudo e vivo no bairro, onde nasci em 3 de março de 1953, tenho, portanto, 13 anos e sou o caçula da família. A seguir, Celso teve dos pais dele – José, padeiro lusitano e flamenguista, e Matilde a matria...

Heleno de Freitas, Antonio Falcão

    Na fantasia, o folclórico Neném Prancha, misto de filósofo e técnico, punha-se atrás de um tabuleiro  de laranjas como se fora vendedor no areal de Copacabana. E para cada garoto jogava uma fruta. Pela reação, separava o craque do cabeça-de-bagre. Heleno de Freitas, mineiro de 12 anos, amorteceu uma laranja na coxa, deixou-a cair no pé, fez embaixada, levou-a à cabeça, trouxe de volta ao pé, que deu ao controle do calcanhar. E Neném viu que descobrira o mais fino, inventivo e temperamental craque do País. Por isso, até a morte, Neném levou na carteira de cédulas a foto desse que brilharia como ninguém no Botafogo de Futebol e Regatas - muito mais que o fulgor da gloriosa estrela solitária do alvinegro carioca.     É exato, Heleno - nascido em São João Nepomuceno, em 12 de dezembro de 1920 - vivia no Rio em 33. Para a então capital do Brasil, a família se mudara quando morreu Oscar Freitas, negociante de café, casado com Maria Rita e pai de ...