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Mostrando postagens com o rótulo Cantadores

Dedicatória (1), Luciano Maia

Aos Cantadores Aos poetas duendes do Sertão reinventores mágicos da lenda mestre Vitalino recontada nas noites de clarão (barco-viola aos remos da contenda seguindo a correnteza do refrão) na torrente da rima, em cuja senda desliza o meu poema de alma andeja neste rio de verve sertaneja. Aos Retirantes Dedico o meu poema a este povo peregrino habitante dos caminhos que depois de morrer nasce de novo ressurgido das sombras, dos espinhos. Dedico este meu canto em que não louvo o sem-rumo dos rastros ribeirinhos mas a força telúrica do rio e a sangria assassina denuncio. Imagem retirantes: Cristina turma 413 In: MAIA, Luciano, Jaguaribe Memória das Águas, SCJCC e Governo do Estado de Ceará , 2007. Leia também: Dedicatória 2  

Dalton Trevisan, Casimiro de Abreu e meu vizinho.

        É de Dalton Trevisan, ví agora, o conto  mais acessado nesses  5 anos. Clínica de Repouso    me surpreendeu porque foi uma postagem em que não pus marcadores, nem anunciei em lugar algum.  Tenho  mais textos de Dalton no blog e meu preferido é Ponto de Crochê. que pela quantidade de acessos, não é preferência para a maioria.  A estatística do blog indica que as poesias são mais acessadas que contos e crônicas, isso eu não esperava.   A poesia campeã é  A Ternura, de Álvaro Pacheco. Encontrei por acaso esse poema num livro bem velhinho.. O autor é do Piaui e só conheci por causa desse poema realmente terno.  Outras duas poesias bateram recorde de visitas: Juriti , de Casimiro de Abreu e uma de Gregório de Matos... deixa ver o que anotei... Epigrama !! Tive muito prazer em postar aqui um poema que eu adorei e foi enviada pelo autor, César Feitoza, meu vizinho do andar de cima. E...

Cantadores do Nordeste, Manuel Bandeira

Anteontem, minha gente, Fui juiz numa função De violeiros do Nordeste Cantando em competição Vi cantar Dimas Batista E Otacílio seu irmão Ouvi um tal de Ferreira, Ouvi um tal de João. Um, a quem faltava um braço, Tocava cuma só mão; mas, como ele mesmo disse Cantando com perfeição, Para cantar afinado Para cantar com paixão A força não está no braço: Ela está no coração. Ou puxando uma sextilha Dimas e Otacílio em festival no Rio de Janeiro Ou uma oitava em quadrão, Quer a rima fosse em inha Qrimas do céu, Saltavam rimas do chão! Tudo muito bem medido No galope do sertão. A Eneida estava boba; O Cavalcanti bobão, O Lúcio , o Renato Almeida; Enfim, toda a comissão. Saí dali convencido Que não sou poeta não; Que poeta é quem inventa Em boa improvisação Como faz Dimas Batista E Otacílio, seu irmão; Como faz qualquer violeiro Bom cantador do sertão, A todos os quais, humilde, Mando a minha saudação. Nota: M.B fez o poema depoi...

Último Abraço, Antônio Marinho do Nascimento

Dormia eu tranquilamente ou cochilava Mas em meu sono algum ruído abriu um corte Alguém batia em minha porta, alguém chamava Noite chuvosa, hora avançada, alguém sem sorte. Alguém que o sangue pelo frio já congelava Algum boêmio cuja vida não deu porte Abri a porta a até pensei que ali sonhava Quando escutei: - olá amigo, eu sou a morte. Somente isso ela me disse e já entrou Como que ali já residia me beijou Me aconchegando no calor do seu abraço Adormeci e a minh’alma em outros vales Fora do corpo que acarreta tantos males Aliviou-se sem a cruz do meu cansaço _____________________________________________________________________________ Sobre o autor :É natural de São José do Egito, terra da poesia. Fruto de uma família de tradição poética, é filho de Zeto e Bia Marinho, neto de Lourival Batista, bisneto de Antonio Marinho, sobrinho de Otacílio e Dimas Batista, de Graça Nascimento e de Job Patriota (por emoção). Nasceu em 1987....