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Mostrando postagens com o rótulo vizinho

A Um Diamante Bruto, César Feitoza

Como decifrar-te? Diz! Como decifrar-te? És como a esfinge ou mesmo como a arte De Leonardo e sua Monalisa E és também como uma torrente De chuva fria ou de vento quente Que me atordoa e me faz demente E que me encharca e faz ranger meus dentes Que pra chegar, aviso não precisa. Como escalar-te? Diz! Como escalar-te? Como tocar teu cume invisível? Como transpor teu muro intransponível? Que cresce tanto mais agente escala Tantos pudores que me tiram a fala E me pergunto se não és de Marte. Como cavalgar-te? Diz! Como cavalgar-te? Como domar um coração ferido? O que fazer pra novamente dar-te A esperança que havias perdido? Como lapidar-te? Diz! Como lapidar-te? E um diamante bruto transformar E enxergar desejo em teu olhar Sem que tu penses que isso é pecado E não se importes se o alguém ao lado Censurará o fato de amar-te Como tocar-t...

Dalton Trevisan, Casimiro de Abreu e meu vizinho.

        É de Dalton Trevisan, ví agora, o conto  mais acessado nesses  5 anos. Clínica de Repouso    me surpreendeu porque foi uma postagem em que não pus marcadores, nem anunciei em lugar algum.  Tenho  mais textos de Dalton no blog e meu preferido é Ponto de Crochê. que pela quantidade de acessos, não é preferência para a maioria.  A estatística do blog indica que as poesias são mais acessadas que contos e crônicas, isso eu não esperava.   A poesia campeã é  A Ternura, de Álvaro Pacheco. Encontrei por acaso esse poema num livro bem velhinho.. O autor é do Piaui e só conheci por causa desse poema realmente terno.  Outras duas poesias bateram recorde de visitas: Juriti , de Casimiro de Abreu e uma de Gregório de Matos... deixa ver o que anotei... Epigrama !! Tive muito prazer em postar aqui um poema que eu adorei e foi enviada pelo autor, César Feitoza, meu vizinho do andar de cima. E...

Criado - Mudo,Mário Prata

     Tudo começou quando resolvi me mudar do décimo para o quarto andar, aqui mesmo, neste edifício da Alameda Franca. Um carrinho de supermercado seria o suficiente. Queria fazer lá embaixo um lar, já que isso aqui virou um vício. Lá no quarto andar, tem quatro apartamentos.Eu não conhecia ainda os vizinhos quando o fato se deu. Passei o dia levando coisas lá para baixo. Há dois dias faço isso, ajudado pela Cristina.      Uma das últimas viagens e lá ia eu com a Cris ao lado, descendo pelo elevador. Carregávamos o criado-mudo. O criado-mudo tem uma gavetinha. Quando a porta se abriu, havia duas famílias esperando. Meus vizinhos. Pai, mãe, crianças e até uma avó. Foi quando eu estendi o braço para me apresentar como o novo vizinho que tudo aconteceu. E foi muito rápido. Muito.      Quando eu tirei a mão do movelzinho para cumprimentar aqueles que agora são meus vizinhos, a gavetinha deslizou. Eu ainda tentei uma gingada c...