Eu não sou profeta Nem tão pouco visionário Mas o diário desse mundo Tá na cara Um viajante Na boleia do destino Sou mais um fio Da tesoura e da navalha Levando a vida Tiro versos da cartola Chora viola Nesse mundo sem amor Desigualdade Rima com hipocrisia Não tem verso nem poesia Que console o cantador A natureza Na fumaça se mistura Morre a criatura E o planeta sente a dor O desespero No olhar de uma criança A humanidade Fecha os olhos pra não ver Televisão de Fantasia e violência Aumenta o crime E cresce a fome do poder Boi com sede Bebe lama Barriga seca Não da sono Eu não sou dono do mundo Mas tenho culpa Porque sou filho do dono Simbora (Barriga seca) (Não dá sono) Charge de: Arend Van Dam (Holanda)