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Mostrando postagens com o rótulo Beatriz

Narrativas Epistolares, Alfredo Sampaio e Priscila Aquino

Uma carta para não ser lida Vitória, 15 de dezembro de 2024. Beatriz, Hoje acordei decidido. Na minha vida, há algumas pontas ainda sem os devidos nós e tirei o dia para pôr essa tarefa em dia. Resolvi te escrever uma carta que nunca vai ser lida. Isso mesmo, nunca vai ser lida, mesmo porque nunca existiu. Diante de seu silêncio e da minha inação, restou apenas registrar o que aconteceu comigo. Você sequer imagina os fatos que ocorreram e que motivaram alguns escritos, entre eles alguns miseráveis poemas e essa carta. Encantei-me com você há um certo tempo. Seus olhos e cabelos pretos, seu sorriso apertado nos lábios, um certo grau de miopia e seu jeito extremamente simples, cativante e delicado me encantaram. Foi tudo muito rápido: esse seu jeito despojado de ser e de conduzir a vida encantou-me. Você, Beatriz, irradia simpatia. Meus dias se resumem entre encontros propositalmente provocados, duas trocas de olhares e um sorriso, não mais que isso. Foi tudo que bastou: nunca conversei...

Rubi,edição especial. Odette Castro

      Odette Castro conta que foi em um ano de muitas perdas que veio o insight de escrever o livro “Rubi” (Editora Impressões de Minas, 106 páginas), lançado no mês passado, na Casa-Atelier, Santo Agostinho. “Final de casamento, perdas financeiras, morte da minha mãe e das tias que me criaram. Quando dei por mim, estava em frente à tela do computador, escrevendo compulsivamente. Uma catarse. E assim foi acontecendo por dias a fio. Como se eu expelisse as dores através das letras. Em nenhum momento pensei na reação das pessoas. Foi uma surpresa. Talvez se tivesse pensado, não escreveria”, diz ela, frisando, ainda, a importância da palavra liberdade. À ela, pois: “Quando você tem que lidar, diariamente, com as diferenças, você se liberta de julgamentos. Esta é a maior liberdade que uma pessoa pode conquistar”. (www.hojeemdia.com.br) Ao usar a palavra “diferenças”, Odette se refere, particularmente, à filha, Beatriz, hoje com 28 anos, e portadora da Síndrome de Rub...