Odette Castro conta que foi em um ano de muitas perdas que veio o insight de escrever o livro “Rubi” (Editora Impressões de Minas, 106 páginas), lançado no mês passado, na Casa-Atelier, Santo Agostinho. “Final de casamento, perdas financeiras, morte da minha mãe e das tias que me criaram. Quando dei por mim, estava em frente à tela do computador, escrevendo compulsivamente. Uma catarse. E assim foi acontecendo por dias a fio. Como se eu expelisse as dores através das letras. Em nenhum momento pensei na reação das pessoas. Foi uma surpresa. Talvez se tivesse pensado, não escreveria”, diz ela, frisando, ainda, a importância da palavra liberdade. À ela, pois: “Quando você tem que lidar, diariamente, com as diferenças, você se liberta de julgamentos. Esta é a maior liberdade que uma pessoa pode conquistar”.
(www.hojeemdia.com.br)
Ao usar a palavra “diferenças”, Odette se refere, particularmente, à filha, Beatriz, hoje com 28 anos, e portadora da Síndrome de Rubinstein-Taybi (SRT), ou Rubi, que dá nome à obra. A síndrome, cuja causa ainda é desconhecida pela medicina (há algumas hipóteses aventadas, como uma mutação no cromossomo 16), exige, por parte da família, cuidados constantes, no que tange, por exemplo, à alimentação e ao trato respiratório.(www.hojeemdia.com.br)
Li o livro Rubi, quando - não sei de onde tirei essa ideia - achava que a autora tinha uma filha com Síndrome de Down e falava a respeito disso. Sabia que Odette não tratava do assunto levianamente e comprei.
#umaflorcuraumador
Encontrei na leitura uma escritora pronta: Odette Castro fala da vida cotidiana de uma mãe cuja filha tem SRT e que por isso vive 24 horas em função dela. Não se coloca como a super mulher que é responsável por absolutamente tudo, não se faz coitada. Nada disso. Fala com absoluto realismo, muitas vezes até com graça do seu cotidiano. É uma aula fantástica de humanismo.
Agora, já sem Beatriz, Odette Castro quer lançar uma segunda edição ampliada do livro RUBI e nós podemos colaborar:
Quando muitos amigos contribuem e compartilham meu pedido para a reedição do livro Rubi, sou toda agradecimentos. Falar sobre os 5 anos pós o lançamento do livro é muito maior do que escrever um livro. Não sou escritora . Sou mãe que usa as letras como sobrevivência aos nós e aos desamarros da vida.
O novo Rubi é a festa de formatura de quem nunca se formou. O casamento de quem não se casou , realização de pequenos sonhos que eu não soube interpretar , missas que me recuso a mandar celebrar. É meu coraçao impresso. Por isto, por mais constrangida que eu me sinta, eu peço . Por amor..Por favor. ( Odette Castro- facebook)
https://www.kickante.com.br/campanhas/reedicao-do-livro-rubi-odette-castro
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