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O Homem e o Rio, Adeilzo Santos

Está seco, Não chove mais, O rio só tem o nome, O homem obstrui o rio, Faz o enterro do rio Achando que o rio está morto. Depois do enterro, seu jazigo: Casas e casebres. O homem se vangloria O rio está morto E pode com o rio. O homem riu do rio. Passam anos e mais anos O homem nem lembra quando enterrou o rio. Lá vem a chuva, Molhando a terra, Encarnou no rio, É a alma do rio. E lá vem o rio Derrubando casas e casebres Levando tudo que ficar na sua frente. O homem desesperado chora, Perdera tudo pro rio. Ledo engano, era tudo do rio. O homem desolado Não entende o rio Achando que tinha o matado. Mas o rio apenas dormia. Por fim. O rio riu do homem. Imagem: www.observatoriodoclima.eco.br