Terminei ontem um dos mais belos livros que já pude ler: Olho da Rua, uma repórter em busca da literatura da vida real. Não conhecia a autora, posto que desde há algum tempo não leio a revista Época onde Eliane Brum publicou as matérias que pôs no livro. Agora que li admito que minha ignorância sobre ela é imperdoável. O Olho da Rua , traz matérias feitas do cotidiano mais esquecido, diverso em assunto e localização, mais pungentemente brasileiro. A autora diz que não sai a mesma de nenhum daqueles momentos e talvez não saiba que o leitor também não fica imune a seu livro. O Olho da Rua conta histórias, como a de Hustene, migrante nordestino em São Paulo cuja dignidade entristece por ser minoritária mas, ao mesmo tempo, dá esperança a quem, como eu, supunha já não haver mais quem tivesse vergonha de não produzir. Hust...