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Mostrando postagens com o rótulo Ironia

16 crônicas de Luís Fernando Veríssimo.

  16 crônicas de Luís Fernando Veríssimo   1 -  Dia de Ressaca , fevereiro de 2015 2 -  Outra de Elevador  junho de 2024 3 -  Tu e Eu   dezembro de 2023 4 -  Futebol de Rua  novembro de 2022 5 -  Conto de Verão Número 2: Bandeira Branca  janeiro de 2025 6 -  Conclusão  outubro de 2020 7 -  A Mulher Que Caiu do Céu  abril de 2024 8 -  Alto Nível  fevereiro de 2012 9 -  Pai Não Entende Nada,  agosto de 2012 10 -  Conto Erótico  agosto de 2011 11 -  O Estranho Caso da Repórter Que Perguntava  abril de 2013 12 -  Outra Carta de Dorinha  janeiro de 2016 13 -  O Travesseiro de Lenny Bruce  maio de 2022 14 -  Budum Filho  janeiro de 2012 15 -  Aprenda a Chamar a Polícia  maio de 2019 16 -  O Tridente  abril de 2018

O Príncipe Feliz, conto de Oscar Wilde

     Na parte mais elevada da cidade, sobre uma coluna bem alta, ficava a estátua do Príncipe Feliz. Ela era toda dourada coberta por finas folhas de ouro, seus olhos eram duas safiras brilhantes, e um grande rubi vermelho brilhava no punho da espada.       O príncipe era realmente admirado.       - Ele é tão lindo quanto um cata-vento - observou um dos veradores que desejava ganhar fama por ter gostos artísticos. - Pena que não seja tão útil - ele acrescentou realista, o que ele realmente não era.       - Por que você não pode ser como o Príncipe Feliz? - perguntou uma mãe sensata a seu filhinho que estava chorando porque queria a lua. - O Príncipe Feliz nunca pensa em chorar para conseguir alguma coisa.      - Fico muito contente em saber que há alguém no mundo que seja muito feliz - murmurou um homem desiludido enquanto contemplava a estátua maravilhosa.      - Parece um anjo - disseram as ...

Porque Hoje É Sábado...(1)

 

O Alienígena, humor de Gherard Haderer

 

Marchinhas de Carnaval: verdadeiras crônicas (2)

     Dois carnavais muito distantes, duas marchinhas. Em comum, falam fatos de suas respectivas épocas.       A primeira (1957) desagrado pela possível mudança da capital federal para Goiás. A segunda (2021) ironiza  a ideia da terra plana.        O Rio de Janeiro deixou mesmo de ser a capital pouco tempo depois do lançamento da música, a terra, no entanto, continua redonda e não vai ficar plana.. Nova Capital Aldacir Louro, Sebastião Mota e Edgard Cavalcanti Dizem, é voz corrente Em Goiás será a Nova Capital Leve tudo pra lá seu Presidente Mas deixe aqui o nosso carnaval O carioca chora, da lágrima cair Se o reinado de Momo Também te transferir Terra Plana Bloco Saia de Chita (SP) A terra plana parou fora do tempo Quarta-feira de Cinzas sem final Sem multidão, em casa, eu me monto e não escondo A saudade de outro carnaval Vai passar rápido Já já acaba Botei a saia pra secar no meu varal Não é possível Já faz um ano que Mi...

Poemas da M.P.B: A Cara do Brasil. Voz: Ney Matogrosso

Eu estava esparramado na rede Jeca urbanóide de papo pro ar Me bateu a pergunta, meio à esmo Na verdade, o Brasil o que será? O Brasil é o homem que tem sede Ou quem vive da seca do sertão? Ou será que o Brasil dos dois é o mesmo O que vai é o que vem na contramão? O Brasil é um caboclo sem dinheiro Procurando o doutor nalgum lugar Ou será o professor Darcy Ribeiro Que fugiu do hospital pra se tratar A gente é torto igual Garrincha e Aleijadinho Ninguém precisa consertar Se não der certo a gente se virar sozinho Decerto então nada vai dar A gente é torto igual Garrincha e Aleijadinho Ninguém precisa consertar Se não der certo a gente se virar sozinho Decerto então nada vai dar O Brasil é o que tem talher de prata Ou aquele que só come com a mão? Ou será que o Brasil é o que não come O Brasil gordo na contradição? O Brasil que bate tambor de lata Ou que bate carteira na estação? O Brasil é o lixo que consome Ou tem nele o maná da criação? Brasil Mauro Silva, Dunga e Zinho Que é o Brasil...

Os Bruzundangas (Prefácio de ) Lima Barreto.

Pre fácio   Na A Arte de Furtar, que ultimamente tanto barulho causou entre os eruditos, há um capítulo, o quarto, que tem como ementa esta singular afirmação: “Como os maiores ladrões são os que têm por ofício livrar-nos de outros ladrões.”   Não li o capítulo, mas abrindo ao acaso um exemplar do curioso livro, achei verdadeira a coisa e boa para justificar a publicação destas despretensiosas “Notas”.   A B ruzundanga fornece matéria de sobra para livra-nos, a nós do Brasil, de piores males, pois possui maiores e mais completos. Sua missão é, portanto, como a dos “maiores” da Arte, livra-nos dos outros, naturalmente, menores.   Bem precisados estávamos nós disto quando temos aqui ministros de Estado que são simples caixeiros de venda, a roubar-nos muito modestamente no peso da carne-seca, enquanto a Bruzundanga os tem que se incubem unicamente, no seu ofício de ministro, de encareceram o açúcar no mercado interno, conseguindo isto com o vend6...