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Mostrando postagens com o rótulo festa junina

Meu Nome É Carolina, conto de Natascha Duarte

      A festa junina da escola é um acontecimento esperado por todos, o ano inteiro. Cada membro da organização da festa recebe uma tarefa planejada e cumprida com rigor. Da parte alimentar, cuida dona Olinda, a merendeira que há 30 anos trabalha na escola; da música, o locutor da Prefeitura que nas horas vagas faz bicos como DJ; da coreografia, a professora de Artes, Isabela; e a João, o diretor, cabe punir exemplar mente os alunos do primeiro ao quinto ano que faltem aos ensaios da quadrilha. Aninha está já na sexta série. Para ela, portanto, é facultativo participar da dança. Para os menores, porém, a atração é uma sugestão imperiosa, senão a festa dei xa de existir. Ora, basta os que não a frequentam por razões religiosas se juntarem aos queixosos de plantão, aqueles que reclamam do preço, da hora, do dia, da indumentária, das músicas, etc., que a festa desaparece do mapa num estalo de traque. Com vontade de correr para adiantar o tempo, a menina chega à...

Profundamente, poema de Manuel Bandeira

Quando ontem adormeci Na noite de São João Havia alegria e rumor Estrondos de bombas luzes de Bengala Vozes cantigas e risos Ao pé das fogueiras acesas. No meio da noite despertei Não ouvi mais vozes nem risos Apenas balões Passavam errantes Silenciosamente Apenas de vez em quando O ruído de um bonde Cortava o silêncio Como um túnel. Onde estavam os que há pouco Dançavam Cantavam E riam Ao pé das fogueiras acesas? Estavam todos dormindo Estavam todos deitados Dormindo Profundamente II Quando eu tinha seis anos Não pude ver o fim da festa de São João Porque adormeci Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo Minha avó Meu avô Totônio Rodrigues Tomásia Rosa Onde estão todos eles? - Estão todos dormindo Estão todos deitados Dormindo Profundamente. Em: Estrela da Vida Inteira págs.111-112 Imagem: Festa Junina, Djanira

Estrela Azul do Céu, Gilberto Gil ( Poemas da MPB)

Do céu do meu balão De antigamente Sumiu de repente Da noite de São João Azul do céu na noite só Papel de seda faz Balão era isso Magia, feitiço Milagre que não tem mais Papel de seda azul e vermelho e amarelo E verde a cintilar Translúcido vitral O balão se elevava, súbito pairava lá no ar Ser sobrenatural Aquela estrela azul do céu O tempo carregou O tempo não falha O tempo atrapalha O tempo não tem pudor A fila anda, a vida vai Propondo a mutação Então de repente Ficou diferente A noite de São João Álbum: Fé na festa , 2010

Cordel do São João, Gustavo Dourado

São João arrasta-pé: Forró, fogueira, baião… Xote, xaxado e quadrilha… Foguete, bomba, balão… Caruaru-Campina Grande: São João bom é no Sertão… São João lá na Bahia: Na festa do interior… Irecê, Ibititá… Cruz das Almas, Salvador… Em Recife dos Cardosos: Fogueira, paz e amor… Arraiá, queima de espada: Cará, milho, animação… Festa junina e joanina: No Brasil é tradição… Santo Antônio e São Pedro: O quente é o São João… Sortes e adivinhas: Simpatia e acalanto… Pai-Nosso, Salve-Rainha: A festa é um encanto… Santo de cabeça pra baixo: Atrás da porta no canto… Crisma, batismo de fogo: Dançar e pular fogueira… Asssar batata na brasa: Cantar a Mulher Rendeira… Baião de Luiz Gonzaga: Com forró a noite inteira… Latada, pamonha, canjica: Mel, cuscuz e macaxeria… Cachaça de alambique: Cana quente de primeira… São João é no Nordeste: Pra curar a pasmaceira… Mês de junho, 24: O Dia de São João… É festa da cristandade: É antiga tradição… Até no Antigo Egito: Já tinha celebração… Pular fogueira, dança...

Cronica cantada: São João Antigo

São João Antigo               Ze Dantas e Luis Gonzaga           Era festa de alegria São João! Tinha tanta poesia São João! Tinha mais animação Mais amor mais emoção Eu não sei se eu mudei Ou mudou o São João Bis Vou passar o mês de Junho Nas ribeiras do sertão Onde dizem que a fogueira Inda aquece o coração P´ra dizer com alegria Mas chorando de saudade Não mudei nem São João Quem mudou foi ma cidade