Na noite acesa De um luar certeiro Meu paradeiro Foi a velha mesa De onde fui presa Quando aventureiro Do amor primeiro Que me deu tristeza. De uma beleza De não ter parceiro O candeeiro Branco da Princesa Causou surpresa A esse violeiro Que deu-se inteiro À sua boniteza. De Sua Alteza Sendo cavaleiro Pus no tinteiro A pena com firmeza E com presteza Fui seu mensageiro. Findo o roteiro E com delicadeza Deixo na mesa Um verso brasileiro Ao Cancioneiro E à Língua Portuguesa. - Paulo César Pinheiro, do livro "Sonetos sentimentais pra violão e orquestra". Editora 7Letras, 2014. Imagem: Rede Brasil