Poema da despedida Não saberei nunca dizer adeus Afinal, só os mortos sabem morrer Resta ainda tudo, só nós não podemos ser Talvez o amor, neste tempo, seja ainda cedo Não é este sossego que eu queria, este exílio de tudo, esta solidão de todos Agora não resta de mim o que seja meu e quando tento o magro invento de um sonho todo o inferno me vem à boca Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei Ainda assim, escrevo