O licor polonês que encontrei no armário de bebidas do cartunista Ziraldo era de cerejas. Não sei de que espécie, pois há vários tipos de cerejeiras. Um deles, o Primus avium, fornece uma bela madeira usada na fabricação de instrumentos musicais, além de frutas muito doces. Independentemente de saber que tipo de cerejeira existiria na Polônia, estava mesmo curioso era para conhecer o gosto da bebida. Pedi um trago. O licor era saborosíssimo. Como havia dezenas de garrafas, perguntei se não me ofertaria uma de presente. Ziraldo negou-me a dádiva explicando que comprara aquilo tudo para ser apreciado em casa com os amigos. Que eu poderia consumir o quanto desejasse, desde que fosse com ele e na casa dele. Mariozinho Rocha, ao meu lado, disse que topava a parada. Ziraldo foi buscar os copos. Os que ali estavam haviam participado comigo, momentos antes, de uma reunião, e vieram se juntar a nós para apreciar o licor. Entre eles, Sérgio Cabral pai, Millôr Fernandes, Jaguar e demais...