Um dia, me disse indignada quando via mulher não sair sem o marido, nem cogitar ver um filme caso a película não fosse do interesse dele, repetir frases como se tese fossem porque é o marido que diz (mesmo vendo dados contrários), não decidir sobre si, deixar de usar uma roupa... Acrescentei, no auge de meu discurso entristecido, que só acreditaria que nós, mulheres, pudéssemos dar um passo à frente, quando nos dign á ss emos a pensar com a própria cabeça. Fui veementemente recriminada por MEU FILHO. Discutimos o assunto usando exemplos que nós dois conhecemos muito próximos física e afetivamente. Minha indignação com as mulheres em quem pensamos estava absurdamente equivocada. Ele tinha razão: quem carrega milênios de cultura machista e décadas de violência física e psicológica, não tem a menor condição de mudar assim tão rápido....