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Mostrando postagens com o rótulo Vander Lee

Poemas da M.P.B: Onde Deus Possa Me Ouvir, Vander Lee

Sabe o que eu queria agora, meu bem? Sair, chegar lá fora e encontrar alguém Que não me dissesse nada Não me perguntasse nada também Que me oferecesse um colo, um ombro Onde eu desaguasse todo desengano Mas, a vida anda louca As pessoas andam tristes Meus amigos são amigos de ninguém Sabe o que eu mais quero agora, meu amor? Morar no interior do meu interior Pra entender por que se agridem Se empurram pro abismo Se debatem, se combatem sem saber Meu amor Deixa eu chorar até cansar Me leve pra qualquer lugar Aonde Deus possa me ouvir Minha dor Eu não consigo compreender Eu quero algo pra beber Me deixe aqui, pode sair Sabe o que eu mais quero agora, meu amor? Morar no interior do meu interior Pra entender por que se agridem Se empurram pro abismo Se debatem, se combatem sem saber Meu amor Deixa eu chorar até cansar Me leve pra qualquer lugar Aonde Deus possa me ouvir Minha dor Eu não consigo compreender Eu quero algo pra beber Me deixe aqui, pode sair Meu amor Deixa eu chorar até cansar...

Alma Nua, Vander Lee

Ó Pai Não deixes que façam de mim O que da pedra tu fizestes E que a fria luz da razão Não cale o azul da aura que me vestes Dá-me leveza nas mãos Faze de mim um nobre domador Laçando acordes e versos Dispersos no tempo Pro templo do amor Que se eu tiver que ficar nu Hei de envolver-me em pura poesia E dela farei minha casa, minha asa Loucura de cada dia Dá-me o silêncio da noite Pra ouvir o sapo namorando a lua Dá-me direito ao açoite Ao ócio, ao cio À vadiagem pela rua Deixa-me perder a hora Pra ter tempo de encontrar a rima Ver o mundo de dentro pra fora E a beleza que aflora de baixo pra cima Ó meu Pai, dá-me o direito De dizer coisas sem sentido De não ter que ser perfeito Pretérito, sujeito, artigo definido De me apaixonar todo dia De ser mais jovem que meu filho E ir aprendendo com ele A magia de nunca perder o brilho Virar os dados do destino De me contradizer, de não ter meta Me reinventar, ser meu próprio Deus Viver menino, morrer poeta