Neste dia das mães eu quero falar sobre a mãe da mãe da minha mãe - também conhecida como minha bisavó. Para mim, vó Eduarda. Ela morreu quando eu tinha 16 anos , em 1988. Até meus 8 anos eu dormia muito na casa dela. Tempo suficiente para que a vpz com sotaque daquela velhinha portuguesa que cheirava a leite de Rosas nunca mais saísse de minha memória. Lembro também, do Toddy gelado pela manhã, da farofa de ovos no almoço e do caqui no lanche. Ela chamava rabanada de "orelha de português", e me ajudava a pegar romã no pé com um bambu. Vovó era diabética e se aplicava injeções de insulina mais de uma vez ao dia, na veia, amarrando o próprio braço. Antes ela fazia um teste para ver o nível de glicose, que consistia em urinar num tubo e pingar um reagente. Decorei que, se o líquido ficasse azul, da cor dos olhos dela, estava tudo bem. O dia...