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Mostrando postagens com o rótulo Língua portuguesa

Paradeiro, Paulo César Pinheiro

Na noite acesa De um luar certeiro Meu paradeiro Foi a velha mesa De onde fui presa Quando aventureiro Do amor primeiro Que me deu tristeza. De uma beleza De não ter parceiro O candeeiro Branco da Princesa Causou surpresa A esse violeiro Que deu-se inteiro À sua boniteza. De Sua Alteza Sendo cavaleiro Pus no tinteiro A pena com firmeza E com presteza Fui seu mensageiro. Findo o roteiro E com delicadeza Deixo na mesa Um verso brasileiro Ao Cancioneiro E à Língua Portuguesa. - Paulo César Pinheiro, do livro "Sonetos sentimentais pra violão e orquestra". Editora 7Letras, 2014. Imagem: Rede Brasil

Coitada da Norma, Tão Culta! Sérgio Rodrigues

- E a Norma, heim? - O que é que tem? - Você não soube? Anda mal falada. - A Norma? Depois de Velha? Mas ela é tão culta! - Pois é. E com aquela pose toda, a mania de ditar regrinhas de bom comportamento, de corrigir todo mundo... - Mas o que foi que aconteceu? - Ora, o que aconteceu é que caiu a máscara da madame, né? Descobriram finalmente como ela é autoritária, elitista e preconceituosa. E pior, abrbitrária, totalmente desconectada da realidade. - Puxa, eu sempre achei a Norma tão correta... - Correta demais aí é que está. Era para desconfiar, acho que demorou. Parece que até aqueles amigos que ela se orgulhava de ter no minostério andam virando a cara para ela. - Ah, coitada. Eu sinto pena. - Pois eu acho ótimo. Nunca fiquei à vontade na presença da dona, sabia? Muitas vezes aconteceu de eu ter alguma coisa importante para falar e ficar com medo. Preferia nem abrir a boca. - Isso é verdade, a Norma sempre foi difícil. - Tá vendo? Nem você, que é meio puxa-saco, está d...

Escrevendo Sem Verbo.

D á para escrever coerentemente sem verbo?  Bem, eu nunca tentei, mas vi que dá.  Olha só o que encontrei: Pequenos textos sem o uso de verbos de um exercício proposto a alunos de duas salas de aula de 1º ano de uma escola particular.   A menina e sua cama A menina na cama preta e desarrumada, de noite e com medo da chuva. Na manhã ensolarada, a menina de novo na cama preta, agora arrumada, e com grande alegria! (Isabella Pereira, Ruth e Evelyn) O garoto O garoto de vermelho, sempre feliz com a sua bola no campo florido e verde, perto do riacho claro e fresco. A casa de seu avô ao fundo. Contente por uma natureza fértil! (Isabella Schnoor e Maisa Gomes) Parati Parati, cidade linda e encantadora. Ruas antigas e belas. Ali, a garota contente com Deus, sorriso belo e um andar rápido... Nas ruas de Parati! (Gyancarla e Aisha) Branca e preto O cachorro fedido, numa casa cheirosa, com sobrancelha peluda, feia e l...