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Mostrando postagens com o rótulo Gilberto Gil

Por que Cantor e Atriz Na Academia Que é de Letras?

Fiz essa pergunta quando, por acaso, descobri que Santos Dummont tinha sido eleito Imortal para a cadeira 38. Era óbvio para mim que só quem fosse escritor poderia entrar para a Academia Brasileira de Letras. Aprendi que não.  Esse ano, por causa das eleições de Fernanda Montenegro (cadeira 17) e de Gilberto Gil (cadeira 20), a polêmica, na verdade, o desconhecimento voltou a ocupar espaço.  Trago por isso o que recortei e colei do site da própria A.B.L: Criada por iniciativa de Lúcio de Mendonça, reuniu um grupo de 40 escritores, dentre os quais Machado de Assis, à época um de seus mais idosos fundadores. Autor já consagrado, com inconteste ascendência sobre os mais jovens, presidiu a Casa até morrer, em 1908. Desde cedo a Academia povoou o imaginário da intelligentsia brasileira, provocando reações extremadas de amor e ódio, estas, muitas vezes, provindas de candidatos que não lograram êxito em tentativas eleitorais. De todo modo, no crepúsculo do século XIX o surgimento de...

Poemas da MPB: Tempo Rei, Gilberto Gil

Não me iludo Tudo permanecerá do jeito que tem sido Transcorrendo, transformando Tempo e espaço navegando todos os sentidos Pães de Açúcar, Corcovados Fustigados pela chuva e pelo eterno vento Água mole, pedra dura Tanto bate que não restará nem pensamento Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei Transformai as velhas formas do viver Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei Pensamento Mesmo o fundamento singular do ser humano De um momento para o outro Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos Mães zelosas, pais corujas Vejam como as águas de repente ficam sujas Não se iludam, não me iludo Tudo agora mesmo pode estar por um segundo Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei Transformai as velhas formas do viver Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei CD: Raça Humana - 1984 Caricatura de Genildo   ...

Estrela Azul do Céu, Gilberto Gil ( Poemas da MPB)

Do céu do meu balão De antigamente Sumiu de repente Da noite de São João Azul do céu na noite só Papel de seda faz Balão era isso Magia, feitiço Milagre que não tem mais Papel de seda azul e vermelho e amarelo E verde a cintilar Translúcido vitral O balão se elevava, súbito pairava lá no ar Ser sobrenatural Aquela estrela azul do céu O tempo carregou O tempo não falha O tempo atrapalha O tempo não tem pudor A fila anda, a vida vai Propondo a mutação Então de repente Ficou diferente A noite de São João Álbum: Fé na festa , 2010

Hoje é São João

Nesta quarta-feira, abro espaço para a música.  Hoje  é dia de São João, e deixo vocês com Gilberto Gil cantando: Olha Pro Céu Meu Amor Luis Gonzaga e José Fernandes Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Foi numa noite igual a esta Que tu me deste o coração O céu estava assim em festa Pois era noite de São João Havia balões no ar Xote, baião no salão E no terreiro o teu olhar Que incendiou meu coração

Sábado cantado com Gilberto Gil

Aos 70 anos Gilberto Gil esbanja talento. Sobre essa música, que é um poema, é um tratado de filosofia, é um depoimento, é que eu e você pensamos... Tudo isso? Nada disso?   Não sei e também não importa classificar.  Vamos ler. Para ouvir clique na última palavra da letra. Não tenho medo da morte mas sim medo de morrer qual seria a diferença você há de perguntar é que a morte já é depois que eu deixar de respirar morrer ainda é aqui na vida, no sol, no ar ainda pode haver dor ou vontade de mijar a morte já é depois já não haverá ninguém como eu aqui agora pensando sobre o além já não haverá o além o além já será então não terei pé nem cabeça nem figado, nem pulmão como poderei ter medo se não terei coração? não tenho medo da morte mas medo de morrer, sim a morte e depois de mim mas quem vai morrer sou eu o derradeiro ato meu e eu terei de estar presente assim como um presidente dando posse ao sucessor terei que m...

Crônica cantada:Sandy e Gilberto Gil Se Eu Quiser Falar Com Deus

Se Eu Quiser Falar Com Deus Gilberto Gil Se eu quiser falar com Deus Tenho que ficar a sós Tenho que apagar a luz Tenho que calar a voz Tenho que encontrar a paz Tenho que folgar os nós Dos sapatos, da gravata Dos desejos, dos receios Tenho que esquecer a data Tenho que perder a conta Tenho que ter mãos vazias Ter a alma e o corpo nus Se eu quiser falar com Deus Tenho que aceitar a dor Tenho que comer o pão Que o diabo amassou Tenho que virar um cão Tenho que lamber o chão Dos palácios, dos castelos Suntuosos do meu sonho Tenho que me ver tristonho Tenho que me achar medonho E apesar de um mal tamanho Alegrar meu coração Se eu quiser falar com Deus Tenho que me aventurar Tenho que subir aos céus Sem cordas pra segurar Tenho que dizer adeus Dar as costas, caminhar Decidido, pela estrada Que ao findar vai dar em nada Nada, nada, nada, nada Nada, nada, nada, nada Nada, nada, nada, nada Do que eu pensava encontrar

Crônica cantada:Um Trem Para As Estrelas,Cazuza e Gilberto Gil

 Um Trem Para As Estrelas Cazuza e Gilberto Gil São sete horas da manhã Vejo o Cristo, da janela O sol apagou sua luz E o povo lá embaixo espera Nas filas dos pontos de ônibus Procurando aonde ir São todos seus cicerones Correm pra não desistir Dos seus salários de fome É a esperança que eles têm Nesse filme como extras Todos querem se dar bem Num trem pras estrelas Depois dos navios negreiros Outras correntezas Meu nego Num trem pras estrelas Depois dos navios negreiros Outras correntezas Meu nego Estranho, teu Cristo, Rio Que olha tão longe, além Tem os braços sempre abertos Mas sem proteger ninguém Eu vou forrar as paredes Do meu quarto de miséria Com manchetes de jornal Pra ver que não é nada sério Eu vou dar o meu desprezo Pra você que me ensinou Que a tristeza é uma maneira Da gente se salvar depois Num trem pras estrelas Depois dos navios negreiros Outras correntezas Meu nego Num trem pras estrelas Depois dos navios negreiros O...

Um Pouco da Academia Brasileira de Letras, Imortais da ABL

  Quem são os 40 membros, os imortais, da  Academia Brasileira de Letras Cadeira nº1- Luís Murat Afonso - (Adelino Fontoura)   Ana Maria Machado   Cadeira nº2 - Coelho Neto - ( Álvares de Azevedo)   Eduardo Giannetti Cadeira nº3 - Filinto de Almeida  * (Artur de Oliveira)   Joaquim Falcão Cadeira nº4 - Aluísio Azevedo - (Basílio da Gama)   Carlos Nejar Cadeira nº5 - Raimundo Correia - (Bernardo Guimarães)   Ailton Krenak  Cadeira nº6 - Teixeira de Melo - (Casimiro de Abreu)    Milton Hatoum Cadeira nº7 - Valentim Magalhães - (Castro Alves)    Miriam Leitão Cadeira nº8 - Alberto de Oliveira  - (Cláudio Manuel da Costa)   Ricardo Cavaliere Cadeira nº9 - Carlos Magalhães de Azeredo - ( Gonçalves de Magalhães)   Lilia Katri Moritz Schwarcz Cadeira nº10 - Ruy Barbosa - (Evaristo da Veiga)    Rosiska Darcy de Oliveira Cadeira nº11 - Lúcio de Me...

Crônicas da M.P.B: Domingo no Parque, Gilberto Gil

Domingo no Parque Gilberto Gil O rei da brincadeira (ê, José) O rei da confusão (ê, João) Um trabalhava na feira (ê, José) Outro na construção (ê, João) A semana passada, no fim da semana João resolveu não brigar No domingo de tarde saiu apressado E não foi pra Ribeira jogar capoeira Não foi pra lá, pra Ribeira, foi namorar O José como sempre no fim da semana Guardou a barraca e sumiu Foi fazer no domingo um passeio no parque Lá perto da Boca do Rio Foi no parque que ele avistou Juliana Foi que ele viu Foi que ele viu Juliana na roda com João Uma rosa e um sorvete na mão Juliana seu sonho, uma ilusão Juliana e o amigo João O espinho da rosa feriu Zé E o sorvete gelou seu coração O sorvete e a rosa (ô, José) A rosa e o sorvete (ô, José) Foi dançando no peito (ô, José) Do José brincalhão (ô, José) O sorvete e a rosa (ô, José) A rosa e o sorvete (ô, José) Oi, girando na mente (ô, José) Do José brincalhão (ô, José) ...

Feira de Frankfurt

Um provável mal-entendido na alfândega de Madri resultou em prateleiras vazias, Gilberto Gil faltou. Em compensação, brasileiro Murilo Antonio de Carvalho recebe Prêmio Leya, de literatura lusófona. O Brasil chegou pronto para fazer bonito na Feira de Livro de Frankfurt, com estande mais central e planos para ampliar a exportação de títulos brasileiros. Mas o principal ingrediente da festa foi barrado na alfândega: em vez de livros, o estande brasileiro ostenta apenas prateleiras vazias. Chegando ao corredor E do galpão 5.1 na Feira de Frankfurt, já se vê de longe o verde-e-amarelo do estande brasileiro. Ao se chegar mais perto, porém, um susto: debaixo das amplas placas anunciando "Brasil", apenas prateleiras vazias, seu tom prateado refletindo os holofotes. Ou quase vazias: em diversas delas foram espalhados catálogos, folhetos ou os poucos livros que vieram, na mala dos editores que resolveram se garantir. Faltosos no estande brasileiro estão os 6.400 livros que ficaram...