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Revelação, Ladyce West

 É mágica. Parece. Não sei de onde vem. Basta sentar. Limpar a mente ter silêncio e deixar vir. Não bem ao acaso. Como na pesca, o peixe não vem à sua mão. A intenção precisa estar lá o intuito demonstrado no anzol. Na isca. A sorte, então, determina o que vai subir, chegar à tona: frase, pensamento, preocupação recôndita. Pergunta intermitente sentimento sem nome a lágrima engolida humor ocasional. Escrever é isso desnudar-me Fazer sentido do caos Falar à meia voz para não acordar os pássaros, para não agitar águas turvas, para não trincar a frágil redoma que encerra minha existência. Em: À Meia Voz , Ladyce West, 2020, pág.9

Revelação, Luciana Grassano Melo

             S e me escutas, quero que saibas que sinto saudades.      Foi um tempo escuro, o que vivemos... Mas cada vez que te encontrava era um pedaço meu que eu achava, escondido debaixo d os entulhos.      Gostava quando te levantavas e me socorrias com lenços de papel.   Um gesto gentil, como o de dividir o mesmo guarda-chuva.      Quando todos queriam falar, falar, falar...Eu gostava dos teus silêncios e do teu sorriso dócil.      Em tua companhia, eu me sentia em casa. Lamento que depois tenha havido um estranhamento entre nós. Mas mesmo nos piores enganos, eu nunca deixei de confiar que tudo ficaria bem.      Não contavas que eu também te observava com meus olhos atentos: treinados e astutos. E que percebia em tuas palavras e em teus silêncios muito mais do que podias dizer: “É que o amor, q...