É mágica. Parece. Não sei de onde vem. Basta sentar. Limpar a mente ter silêncio e deixar vir. Não bem ao acaso. Como na pesca, o peixe não vem à sua mão. A intenção precisa estar lá o intuito demonstrado no anzol. Na isca. A sorte, então, determina o que vai subir, chegar à tona: frase, pensamento, preocupação recôndita. Pergunta intermitente sentimento sem nome a lágrima engolida humor ocasional. Escrever é isso desnudar-me Fazer sentido do caos Falar à meia voz para não acordar os pássaros, para não agitar águas turvas, para não trincar a frágil redoma que encerra minha existência. Em: À Meia Voz , Ladyce West, 2020, pág.9