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Como Poderia Partir, Yasmin Nigri

Como poderia partir Quando fervilha  Na boca o não dito Quando gasto a saliva Beijando canudos E juras furadas Na companhia de anarquistas De boca áspera Tomados pela preguiça Coleciono feridas Não cicatrizadas No canto do coração arisco Não me faz falta a felicidade Me atormenta o excesso De coisas tão abstratas Que não posso roçar Em ninguém Faz falta A plasticidade dos joelhos Um fósforo inteiro Um par de utensílios Um artesão que abra Meu peito por dentro Tire os ossos do centro Revestida e armada Saio correndo Dou a volta E qualquer sopro me traga Pro mesmo ponto Fonte: Mulheres que escrevem Imagem: Google