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Mostrando postagens com o rótulo Cem anos de solidão

Fatita de Matos, a amante infeliz. José Eduardo Agualusa

                                                                 Na ampla sala de visitas da casa  de Fatita de Matos, Mana Fatita, como é mais conhecida, na Restinga do Lobito há cinco retratos a óleo, com um metro por 1,5 metro. Em todos eles Fatita de Matos está sentada  no mesmo cadeirão de verga, quase em idêntica posição, com um livro no regaço. A primeira tela foi pintada em 1946. Fatita tem vinte anos, ainda é virgem, e está a ler Amor de Perdição , de Camilo Castelo Branco. Na segunda tem trinta anos, quatro filhos ilegítimos, e está a ler Amor de Perdição . Na terceira  tem quarenta anos, veste de preto pela morte de filho mais novo, e está ...

Uma Alma Aberta a Ser Preenchida Em Castelhano, Gabriel García Márquez

Pronunciamento feito em Cartagena das Índias, Colômbia,26 de março de 2007 Diante das Academias de Língua e dos reis de Espanha. Por ocasião da abertura do IV congresso Internacional da Língua. O autor era homenageado por seus 80 anos de idade,40 anos da publicação de Cem Anos de Solidão e 25 anos do Prêmio Nobel.                  Uma Alma Aberta Para Ser Preenchida Em Castelhano           Nem no mais delirante dos meus sonhos, nos dias em que escrevia Cem Anos de Solidão, cheguei a imaginar que poderia ver uma edição de um milhão de exemplares. Pensar que um milhão de pessoas poderiam decidir ler algo  escrito na solidão  de um quarto, tendo como arsenal as vinte e oito letras do alfabeto e meus dois dedos indicadores, parecia claramente uma loucura. Hoje, as Academias da Língua fazem isso como um gesto  para um romance que passou diante dos olhos de cinquenta vezes um milhão...

Garrafa Ao Mar Para O Deus Das Palavras, García Márquez

                         Aos meus doze anos, estive a ponto de ser atropelado por uma bicicleta. Um padre que passava me salvou com um grito: "Cuidado!" O ciclista caiu no chão. O senhor padre, sem se deter, me disse: " Viu só o poder da palavra?" Naquele dia fiquei sabendo. Agora sabemos, além do mais, que os maias sabiam disso desde os tempos de Cristo, e com tanto rigor que tinham um deus especial para as palavras.      Esse poder jamais foi tão grande como hoje. A humanidade entrará no terceiro milênio sob o império das palavras. Não é verdade que as imagens estejam substituindo as palavras, nem que as palavras possam ser extintas. Ao contrário, as imagens estão potencializando as palavras: autoridade e vida própria como na imensa Babel da vida atual. Palavras inventadas, maltratadas ou sacralizadas pela imprensa, pelos livros descartáveis, pelos cartazes de publicidade; faladas e cantadas no rá...

Quarta-feira é dia de: Gabriel García Márquez, aniversariante do dia.

          Por vocês       Agora que estamos sozinhos, entre amigos, gostaria de pedir a cumplicidade de todos vocês para que me ajudem a conseguir suportar a lembrança desta tarde, a primeira em minha vida em que vim de corpo presente e em pleno uso de minhas faculdades para fazer ao mesmo tempo duas coisas que eu tinha prometido a mim mesmo não fazer jamais: receber um prêmio e fazer um discurso.      Sempre acreditei, contra outras opiniões muito respeitáveis, que nós, escritores, não viemos ao mundo para sermos coroados, e muitos de vocês sabem que toda homenagem pública é um princípio de embalsamamento. Sempre acreditei, enfim, que nós, escritores não somos escritores por nossos próprios méritos, e sim pela desgraça de não conseguirmos ser outra coisa na vida, e que nosso trabalho solitário não deve merecer mais recompensa nem mais privilégios que os que merece o sapateiro por ...

Livros devolvidos!!

O Rick  é nosso companheiro de leitura já há alguns anos. Garoto de confiança. Por isso ofereci e emprestei uns livros a ele, até sugeri que compartilhasse a leitura com o irmão, a mãe...Assim foi feito:  García Marquez e Yoani Sanchez ficaram bastante tempo no interior de São Paulo. Nunca cobrei . Ele sempre soube que podia demorar o necessário. Me devolveu e eu recebi hoje. Fiquei feliz de um modo diferente. Sempre fico satisfeita quando recebo algum livro enviado por meu grupo de leitura, só que desta vez foi diferente. Notei que me senti bem como se revisse amigos de longa data. Infelizmente não sou  amiga nem de curta data de Gabriel García Márquez, mas fiquei feliz pra caramba. Francamente nem eu me entendi.  Voltaram 3 livros. Viver Para Contar :  imperdível para quem leu e quem não leu Cem Anos de Solidão . Os leitores vai descobrir de onde ele tirou o quarto dos penicos e as demais bizarrices. Os  não leitores vai descobrir o que ele é capaz e f...

Os Livros Mais Difíceis de Ler Até o Final.

     O jornal italiano Corriere Della Sera, com o apoio do Facebook e Twitter, pesquisou quais os livros que os italianos não conseguiam ler até o final.        Na lista me surpreendeu a indicação de livro de Garcia Márquez, porque esse livro foi daqueles que peguei e não quis largar.      Ulisses jamais me atraiu e A Montanha Mágica, continua esperando minha dispsição para leitura.        De Thomas Mann gostei muito e indico O Eleito .        Vamos aos livros considerados mais difíceis de ler até o fim: 100  anos de Solidão - Gabriel Garcia Márquez Ulisses - James Joyce *Pé Na Estrada - Jack Kerouc *O Homem Sem Qualidades -Robert Musil *A Montanha Mágica - Thomas Mann * O Som e a Fúria - Willian Faulkner *Guerra e Paz - Leon Tolstoi Frateli d'Itália - Alberto...

90 Livros Clássicos para Apressadinhos de Henrik Lange e T.Wengelewski.

     Cartunista sueco Henrik Lange  e  o escritor Thomas Wengelewski ,adaptaram obras célebres da literatura,  para histórias em  quadrinhos.       Na série  90 Livros Clássicos para Apressadinhos , editada no Brasil pela Galera Recorde, podemos nos deliciar com: O Velho e o Mar", de Hemingway, "Os Três Mosqueteiros", de Dumas, e "Cem Anos de Solidão", de García Márquez,dentre outros tantos.       Cada livro  tem de 90  páginas, um  cartum por página e é mais interessante para quem  conhece a obra original.

E Assim Se Passaram 40 anos...

     O livro Cem Anos de Solidão festeja. Seu aniversário de  40 anos mereceu revisão  do autor e edição  comemorativa no Brasil.      A Editora Record informou que  a versão brasileira, traduzida por Eric Nepomuceno e com  tiragem inicial de 15 mil exemplares, traz o discurso  feito  por García Márquez quando  recebeu o Nobel de Literatura em 1982 e a árvore genealógica da  família Buendia Cem Anos de Solidão (edição  comemorativa) Editora Record Tradução: Eric Nepomuceno Páginas 448