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Mostrando postagens com o rótulo Ney Matogrosso

Poemas da M.P.B: A Cara do Brasil. Voz: Ney Matogrosso

Eu estava esparramado na rede Jeca urbanóide de papo pro ar Me bateu a pergunta, meio à esmo Na verdade, o Brasil o que será? O Brasil é o homem que tem sede Ou quem vive da seca do sertão? Ou será que o Brasil dos dois é o mesmo O que vai é o que vem na contramão? O Brasil é um caboclo sem dinheiro Procurando o doutor nalgum lugar Ou será o professor Darcy Ribeiro Que fugiu do hospital pra se tratar A gente é torto igual Garrincha e Aleijadinho Ninguém precisa consertar Se não der certo a gente se virar sozinho Decerto então nada vai dar A gente é torto igual Garrincha e Aleijadinho Ninguém precisa consertar Se não der certo a gente se virar sozinho Decerto então nada vai dar O Brasil é o que tem talher de prata Ou aquele que só come com a mão? Ou será que o Brasil é o que não come O Brasil gordo na contradição? O Brasil que bate tambor de lata Ou que bate carteira na estação? O Brasil é o lixo que consome Ou tem nele o maná da criação? Brasil Mauro Silva, Dunga e Zinho Que é o Brasil...

Descobrindo Olegário Mariano (1)

Num remanso bucólico e sombrio Onde atenua a marcha o grande rio, Batem roupa,cantando as lavadeiras. Trago ainda nos olhos: é bem ela, A Paisagem do Poço da Panela!     Consultada sobre a autoria e correção do texto acima, descobri que, como eu, pouco pernambucano sabe quem foi Olegário Mariano. Há quem diga que é o pai dele que dá nome ao Cais José Mariano. Só. Uma pena, porque, o poeta recifense e um dos ocupantes da cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras (hoje com Paulo Coelho) tem textos muito bonitos e é autor da letra de algumas músicas. A partir de hoje convido o internauta a descobrir Olegário Mariano comigo.   A propósito, o texto acima postado incompleto   em muitos blogs e sites da internet   é do poema O Poço da Panela, que pode ser lido na íntegra neste blog. Clique aqui . De Papo Pro Á ( título original)  é um cataretê composto por Joubert de Cavalho em parceria com Olegário Mariano. Não quero outra ...

Crônica cantada: Poema, com Ney Matogrosso

<p>Poema</p> Poema Cazuza e Frejat Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo Eu acordei com medo e procurei no escuro Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo Porque o passado me traz uma lembrança Do tempo que eu era criança E o medo era motivo de choro Desculpa pra um abraço ou um consolo Hoje eu acordei com medo mas não chorei Nem reclamei abrigo Do escuro eu via um infinito sem presente Passado ou futuro Senti um abraço forte, já não era medo Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim De repente a gente vê que perdeu Ou está perdendo alguma coisa Morna e ingênua Que vai ficando no caminho Que é escuro e frio mas também bonito Porque é iluminado Pela beleza do que aconteceu Há minutos atrás Poema de Cazuza e Frejat, está nos CDs Millenium, Ney Matogrosso de 2005; Love M.P.B Ney Matogrosso de 2004; Arte de Ney de 2004 e Sem Limite (2001)

Crônica cantada: Ney Matogrosso - Tico-Tico no Fubá

Tico-Tico no Fubá Zequinha de Abreu e Eurico Barreiros Um Tico-Tico só O Tico-Tico lá Está comendo Todo, todo, meu fubá Olha seu Nicolau Que o fubá se vai Pego no meu Pica-Pau E um tiro sai Então eu tenho pena Do susto que levou E uma cúia Cheia de fubá eu dou E elegre já voando e piando Meu fubá, meu fubá Saltando de lá para cá...(2x) Houve um dia, porém, Que ele não voltou O seu gostoso fubá O vento levou Triste fiquei quase chorei Mas então vi Logo depois não era um E sim já dois Quero contar baixinho A vida dos dois Tiveram ninhos E filhinhos depois Todos agora pulam ali Saltam aqui Comendo todo o meu fubá Saltando de lá para cá... *  Esta crônica foi  apresentada pela primeira vez em 1917 sob o título de Tico-Tico no Farelo e só em 1931 mudou para  Tico-Tico no Fubá, com  que é conhecida até hoje. É um choro e uma das músicas mais conhecidas e executadas de todos os tempos. Ney Matogrosso , gravou de forma magistral.