Conheci aqueles dois. Ele recém-chegado aos cinquenta, ela pouco mais que isso, viveram uma história de amor que bem poderia ser levada ao cinema. Vânia tinha o olhar pidão, ele exalava ternura e safadeza. Esperavam um produtor que juntasse esses ingredientes numa comédia romântica fadada a grande bilheteria. Não deu tempo. O acaso chegou primeiro e, viveram uma paixão. Adolescente no começo, mas com o roteiro necessário da afinidade, sensualidade adulta, experiência mútua, chegaram ao amor maduro. Beleza de cenas, tomadas, trilha sonora. Às vezes dublaram, eles mesmos, em espanhol. Vânia e ele já atuavam, dirigiam-se, e mudavam o roteiro. Eram os donos das cenas e, garantiam plateia vivendo, na tela e na vida, uma história real, mas que poderia ser de cinema. Impedimentos? Sim, claro. Sem contraponto o filme...