Depois do terceiro uísque, qualquer paulista normal, com idade superior a trinta anos, passa a gostar de baladas de Roberto Carlos. A conclusão é também válida para acadêmicos de PUC/USP/UNICAMP, sociólogas descasadas, críticos pós modernos, jornalistas em geral.Dá-se, nesse momento, que o precioso líquido escocês, queimando nas fornalhas do metabolismo, ilumina uma zona escura de cérebro, onde secretamente habita nossa porção latino-brega. Afloram, de repente, canções baratas e adormecidas no inconsciente sob o véu de escrúpulos estéticos. Depois do terceiro uísque, ninguém é de ferro. Até o governador Mário Covas seria capaz de cantar, em lágrimas, "Os botões da blusa". Não me perguntem detalhes da metodologia que usei par chegar a tais revelações. Este não é um texto científico e eu sou pago para escrevinhar amenidades. Não tenho comigo as planilhas. Mas, se a tanto for obrigado, posso exibi-las diante de um tribunal técnico. O máximo ...