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Mostrando postagens com o rótulo Grande Sertão Veredas

Nascido em 19 de Abril: Manuel Bandeira

AMIGO MEU , J. Guimarães Rosa, mano-velho, muito saudar! Me desculpe, mas só agora pude campear tempo para ler o romance de Riobaldo. Como que pudesse antes? Compromisso daqui, obrigação dacolá… Você sabe: a vida é um Itamarati – viver é muito dificultoso. Ao despois de depois, andaram dizendo que você tinha inventado uma língua nova e eu não gosto de língua inventada. Sempre arreneguei de esperantos e volapuques. Vai-se ver, não é língua nova nenhuma a do Riobaldo. Difícil é, às vezes. Quanta palavra do sertão! A princípio, muito aplicadamente, ia procurar a significação no dicionário. Não encontrava. Pena o título: Grande Sertão: Veredas. Nenhum dicionário dá a palavra “vereda” com o significado que você mesmo define à página 74: “Rio é só o São Francisco, o Rio do Chico. O resto pequeno é vereda.” Tinha vezes que pelo contexto eu inteligia: “ciriri dos grilos”, “gugo da juriti” etc. Mas até agora não sei, me ensine, o que é “arga”, “suscenso”, “lugugem” e um desadôr...

Entrevista - Mia Couto

Como o João Guimarães Rosa lhe influenciou? Influenciou muito, mais do que qualquer outro autor do mundo. Porque ele me mostrou um caminho, me ajudou a resolver esse divórcio entre as vozes do meu mundo e a escrita. Foi o que ele fez: a sua linguagem poética colocou em diálogo as falas do sertanejo e a escrita urbana e erudita. Moçambique é um país que vive em absoluto na oralidade. Rosa me deu a licença poética que eu necessitava. Todos os contos são pequenas obras-primas. Talvez  Sagarana  tenha sido o menos surpreendente. Mas eu comecei pelas  Primeiras estórias . E esse encontro me marcou definitivamente. Em  Grande Sertão , o personagem Diadorim representa as diversas ambiguidades e paradoxos. Ele é personificação do bem e do mal, do feminino e do masculino, da certeza e da dúvida. Concorda que seja uma característica que dialoga com a nossa “modernidade líquida”, em que a noção de verdade está sendo corrompida pelo mundo digital? A grande literatura...

Grande Sertão, Veredas. É um livro, é um filme? Não. É um parque nacional

 Dar a um parque de preservação ecológica o nome de   O Parque Nacional Grande Sertão Veredas, é uma belíssima homenagem a Guimarães Rosa.   Sobre esse Parque Nacional, qualquer pessoa pode ler clicando aqui .  O livro Grande Sertão Veredas, foi escrito a 57 anos, está quase chegando na terceira idade.  Guimarães Rosa teria hoje 105 anos. Foi um modernista e permanece referência da literatura brasileira e da língua portuguesa.   O Parque não é aberto ao público, nem possui qualquer infraestrutura. Faz-se necessário pedir uma licença junto ao IBAMA para conhecê-lo.   As cidades mais próxima são Arinos - MG e São Francisco -MG a 95 Km  e 130 Km de distância respectivamente.   Acesso: Saindo de Brasília, pode ser feito através da BR-020 (Brasília-Salvador), até o km 202, onde segue em direção a Formoso por 65 km de estrada de terra. Saindo de Belo Horizonte, e através BR-040 até São Francisco (500 km). Nesta cidade se pega a ba...