A fome pra quem come, a cama e o amor, a liberdade do homem, o peso diário do corpo a corpo com a palavra escrita. O frio da ci ência, o universo, a correnteza e o rio, o movimento, a cor, o som, a forma, as artes... Eu digitava este texto e Áu rea, min ha mul her, pôs uma fita pra tocar. Foi quando a voz mansa da compositora Lêda Valença entoou: Um novo amigo abriu as cortinas do tempo / que o sopro do vento se encar regou de esgarçar .. . Em matéria de inédito, o melhor que há por estas bandas de frevo- canção. Mas me levou a um outro fevereiro... De catapora, aos 12 anos, de bruços na janela suburbana, minha rua empoeirada de acanhados papangus e la ursas, tão pobres - nós todos e o bairro, uma miséria só. A alma, palco e palhaço de perdida ilusão. E o bloco "Sou eu o teu amo...