Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova. No povo meu poema vai nascendo como no canavial nasce verde o açúcar No povo meu poema está maduro como o sol na garganta do futuro Meu povo em meu poema se reflete como a espiga se funde em terra fértil Ao povo seu poema aqui devolvo menos como quem canta do que planta. In:Gullar, Ferreira,Poemas,seleção de Alfredo Bosi, São Paulo,Global Editora 1983 Fotografia de: Marco Pimenta