Deixo os versos que escrevi, as cantigas que cantei, cinco ou seis coisas que eu sei e um milhão que esqueci. Deixo esse mundo daqui, selva com lei de cassino. Vou renascer num menino num país além do mar. Licença, que eu vou rodar, no carrossel do destino Enquanto eu puder viver tudo o que o coração sente, o mundo estará presente passando sem resistir. Na hora que eu for partir para as nuvens do divino, que a viola seja o sino tocando pra me guiar. Licença que eu vou rodar no carrossel do destino. Romances e epopeias me pedindo pra brotar e eu tangendo devagar a boiada das ideias. Sempre em busca das colmeias onde brota o mel mais fino e um só verso, pequenino, mas que mereça ficar. Licença que eu vou rodar no carrossel do destino. Álbum Lunário Perpétuo