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Carrossel do Destino, Antônio Nóbrega e Bráulio Tavares

Deixo os versos que escrevi, as cantigas que cantei, cinco ou seis coisas que eu sei e um milhão que esqueci. Deixo esse mundo daqui, selva com lei de cassino. Vou renascer num menino num país além do mar. Licença, que eu vou rodar, no carrossel do destino Enquanto eu puder viver tudo o que o coração sente, o mundo estará presente passando sem resistir. Na hora que eu for partir para as nuvens do divino, que a viola seja o sino tocando pra me guiar. Licença que eu vou rodar no carrossel do destino. Romances e epopeias me pedindo pra brotar e eu tangendo devagar a boiada das ideias. Sempre em busca das colmeias onde brota o mel mais fino e um só verso, pequenino, mas que mereça ficar. Licença que eu vou rodar no carrossel do destino. Álbum Lunário Perpétuo

Canção Para Os Fonemas da Alegria, Thiago de Mello

Imagem Pixabay Peço licença para algumas coisas, Primeiramente para desfraldar este canto de amor publicamente. Sucede que só sei dizer amor quando reparto o ramo azul de estrelas que em meu peito floresce de menino. Peço licença para soletrar, no alfabeto do sol pernambucano, a palavra ti-jo-lo, por exemplo, e poder ver que dentro dela vivem paredes, aconchegos e janelas, e descobrir que todos os fonemas são mágicos sinais que vão se abrindo constelação de girassóis gerando em círculos de amor que de repente estalam como flor no chão da casa. As vezes nem há casa: é só chão. Mas sobre o chão quem reina agora é um homem diferente, que acaba de nascer: porque unindo pedaços de palavras aos poucos vai unindo argila e orvalho, tristeza e pão, cambão e beija-flor, e acaba por unir a própria vida no seu peito partida e repartida quando afinal descobre num clarão que o mundo é seu também, que o seu trabalho não é a pen...