Durante o momento em que, tendo já apagado a luz, eu entrecerrava os olhos, aguardando um sono que não vinha, era que me afluiam à memória todos os acontecimentos em que fôra jogado. Êsses fatos vinham em dsua maioria decepados, partidos, as imagens misturando-se à medida que o aniquilamnto do adormecer me tomava. Principalmente as lembranças da infância se transfiguravam, vestindo-se de tonalidades que eu sabia não serem reais, mas forjadas pela imaginação, surgindo dessa maneira como coisas criadas, afastando-se de suas linhas lúcidas para espalhar-se e desenvolver-se numa atmosfera de sonho. A imagem de Bárbara que flutuava em minha lembrança não era decerto a presença física de minha amiga, mas se tratava de Maria Eleonora, sua mãe, a pessoa que modificara, com sua influência e existência que eu levava, e se projetara de um modo considerával em minha vida. Maria Eleonora era uma dessas criaturas que, mesmo desaparecidas, permanecem em no...