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Carta de Anyde Beiriz.

Trechos de carta de Anyde Beiriz ao seu grande e verdadeiro amor, Heriberto Paiva (À época, estudante de medicina, 1926) e que a história equivacadamente guardou como haja sido o advogado João Dantas . "(...) O amor que não se sente capaz de um sacrifício não é amor, será, quando muito, desejo grosseiro, expressão bestial dos instintos, incontinência desvairada dos sentidos, que morre com o objetivar-te, sem lograr atingir aquela altura onde a vida se torna um enlevo, um doce arrebatamento, a transfiguração estética da realidade... E eu não quero amar, não quero ser amada assim... Porque quando tudo estivesse findo, quando o desejo morresse, em nós só ficaria o tédio; nem a saudade faria reviver em nossos corações a lembrança dos dias findos, dos dias de volúpia de gozo efêmero, que na nossa febre de amor sensual tinhamos sonhado eternos. Mas não me julgues por isto diferente das outras mulheres; há, em todas nós, o mesmo instinto, a mesma animalidade primitiva, desenfreada,...