Ela então me contou seus pecados; primeiro, o primeiro, quando ainda era mocinha; depois o mais feio, que foi coisa que ela não queria, foi resistindo, mas você compreende, chegou a um ponto em que não dava nais jeito. O pior é que nessa ocasião tinha um rapaz de quem ela gostava muito e queria ser fiel a ele; "foi sujeira", confessa, "foi sujeira minha"; mas a verdade é que a coisa veio devagar, foi aceitando presentes, depois não sabia o que seria mais vigarista: negar-se ou dar-se; aliás tinha uma simpatia sincera pelo sujeito; mas gostar mesmo era do outro. E contou mais algumas coisas. Disse uma palavra feia a respeito de si mesma e pediu minha opinião: - Não é verdade? - me olhando nos olhos. Calei-me; ela insistiu, eu fiz uma evasiva meiga: - Você é um amor. Então, meu Deus, ela se pôs filosóf...