Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo rapadura

Rapadura, Rachel de Queiroz

     Outro dia foi presa uma senhora porque numa banca de mercado, em pleno sábado de feira, agrediu a rival com uma rapadura, dando-lhe uma tijolada que exigiu doze pontos no couro cabeludo. Rapadura é arma perigosa, um paralelepípedo de doce bruto, pesado e com arestas. Batendo de quina pode até matar.      A banca de rapadura era o local de comércio do próprio marido da agressora. Vinha ela descuidosa, passando ali por acaso, e de repente depara com o quadro ofensivo: o marido em idílio público com a dalila, a messalina, a loba do seu lar! Ela debruçada ao balcão e ele, de dentro, segurava o queixo da sereia e lhe cochichava no ouvido. O monte de rapaduras estava ao lado. Foi só passar a mão na rapadura de cima e virá-la de quina, para castigar mesmo, no pé do ouvido da outra. A agredida se pôs a gritar, com a cara coberta de sangue, e o infiel asperamente ralhou: “Cala a boca, mulher, senão aparece a polícia”.

Descobrindo Olegário Mariano (1)

Num remanso bucólico e sombrio Onde atenua a marcha o grande rio, Batem roupa,cantando as lavadeiras. Trago ainda nos olhos: é bem ela, A Paisagem do Poço da Panela!     Consultada sobre a autoria e correção do texto acima, descobri que, como eu, pouco pernambucano sabe quem foi Olegário Mariano. Há quem diga que é o pai dele que dá nome ao Cais José Mariano. Só. Uma pena, porque, o poeta recifense e um dos ocupantes da cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras (hoje com Paulo Coelho) tem textos muito bonitos e é autor da letra de algumas músicas. A partir de hoje convido o internauta a descobrir Olegário Mariano comigo.   A propósito, o texto acima postado incompleto   em muitos blogs e sites da internet   é do poema O Poço da Panela, que pode ser lido na íntegra neste blog. Clique aqui . De Papo Pro Á ( título original)  é um cataretê composto por Joubert de Cavalho em parceria com Olegário Mariano. Não quero outra ...