Lamentaç ões 1 "Amor? Receios, desejos, promessas de paraísos, depois sonhos, depois risos, depois beijos! Depois... E depois, amada? Depois dores sem remédio, depois pranto, depois tédio, depois... nada!" 2 "Também como esse bosque eu tive outrora na alma um bosque cerrado de emoções. As palmeiras das minhas ilusões iam levando o fuste espaço afora. Floriam sonhos; era uma pletora de crenças, de desejos, de ambições... Não havia por todos os sertões mais luxuriante e mais violenta flora. Ai! Bosque real, é o tempo das queimadas!... É agosto, é agosto! O fogo arde o que existe em turbilhões sinistros e medonhos. Ai de nós!... Somos almas desgraçadas, pois na luz de um olhar lânguido e triste também ardeu o bosque dos meus sonhos..." 3 "Água cantante, soluçante, esse gemente marulho triste, quantas tristes cismas trás... E fica incerta, ao ouvir-te a voz, a dor da gente, se va...