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Mostrando postagens com o rótulo América Latina

O Que Estou Lendo: Noite Em Caracas, Karina Sainz Borgo

Segunda capa do livro Noite em Caracas. É uma morte alegórica e política. As sociedades regidas por ditadura têm um poder que devora os indivíduos, não há melhor definição disso”, explica Karina. “Às vezes digo que nunca saí porque minha cabeça permanece ali. Mas saí porque fui desenraizada, já não pertenço a lugar nenhum. " "Temos um país que expulsa seus netos, persegue as pessoas. O desenraizamento dessa geração, o medo e a ansiedade te fazem sentir culpado.” A escritora se sentiu por muitos anos sem direito de falar sobre seu país. E, por isso, pede um olhar cuidadoso aos leitores, sem julgamentos. “Não é um livro político, é literatura. O que eu fiz foi falar de coisas terríveis. Eu quero que gere empatia, mas um autor não consegue controlar o que seu livro provoca.” Seu romance mistura personagens de diferentes países da América Latina porque, para ela, é um problema que extravasa as fronteiras da Venezuela. “É vital falar sobre os ciclos autoritários da América Latina....

Errantes, os Livros Que Vão e Voltam.

                              Todos sabem que sou viciada em leitura. Terminar um livro me dá uma rápida sensação de vazio que, por sorte, não demora muito. Falei sorte?  Errei. O que tenho é uma fila de outros  esperando por leitura: Os Predadores, de Pepetela enviado por Malu que caiu de amores pelos autores africanos. Na fila também: História do Cristianismo , de Paul Johnson que recebi de meu sobrinho com a  sugestão de comparar com Zelota , que li antes.   Contra Vento e Maré e de Llosa de quem sou fã de carteirinha, é um que está me esperando desde janeiro:                                          e A Confissão da Leoa , Mia Couto  que esteve emprestado e voltou há uns três meses. na fila estava outro Pepetela: A Sul O Sombreiro , que emprestei  pra apresent...

Ilusões Para o Século XXI, Grabriel García Márquez

          Nos anos 40, o escritor italiano Giovanni Papini enfureceu nossos avós com a frase envenenada: "A América é feita das sobras da Europa." Hoje, temos razões para suspeitar que isso seja verdade, e mais: que a culpa seja nossa.      Simón Bolívar tinha previsto isso, e quis criar em nós  a consciência de uma identidade própria numa linha genial da sua Carta da Jamaica:"Somos um pequeno gênero humano."  Sonhava, e disse, que fôssemos a maior pátria, mais poderosa e a mais unida da terra. No final de seus dias, mortificado por uma dívida com os ingleses que até hoje não acabamos de pagar, e atormantado  pelos franceses que tratavam de vender-lhe os últimos trastes de sua revolução, suplicou a eles, exasperado: "Deixem-nos fazer tranquilos a nossa própria Idade Média." Acabamos sendo um laboratório de ilusões fracassadas. Nossa maior virtude é a criatividade, e no entanto não fizemos outra coisa...

El Culpable, Pablo Neruda

Me declaro culpable de no hacer hecho, con estas manos que me dieron, una escoba ` Por qué no hice uma escoba? Por qué me dieron manos? Para qué me sirvieron si sólo vi el rumor del cereal, si sólo tuve oídos para el viento y no recogí el hilo de la escoba, verde aun en la tierra, y no puse a secar los tallos tiernos y no los pude unir en un haz áureo y no junté una caña de madera a la falda amarilla hasta dar uma escoba a los caminos? Así fue: no sé cómo se me pasó la vida sin aprender,sin ver, sin recoger y unir los elementos En esta hora no niego que tuve tiempo, tiempo, pero no tuve manos, y así, cómo podia aspirar com razón a la grandeza si nunca fui capaz de hacer una escoba. una sola, una? (Las Manos Del Día - 1968)

ONG denunciará García Márquez -

ONG denunciará García Márquez por apologia à prostituição infantil O Nobel de Literatura Gabriel García Márquez será denunciado por apologia à prostituição infantil por causa do projeto de adaptação para o cinema de seu romance "Memória de Minhas Putas Tristes", anunciou a ONG Coalizão Regional Contra o Tráfico de Mulheres e Meninas na América Latina e Caribe (CATW-LAC). A ONG acusa o escritor de, ao ceder os direitos do livro para o filme --que começa a ser rodado em breve--, "massificar a mensagem e reivindicar poeticamente como natural essa atividade [a prostituição], o que leva à normalização do fenômeno e o faz ser considerado lícito". "O suposto filme faria uma apologia da prostituição infantil, corrupção de menores e violação de uma menina de 14 anos. Isso coloca em grave risco todas os meninos e meninas pobres da América Latina e Caribe", explicou Teresa Ulloa, diretora da CATW-LAC. O romance narra a vida de um homem de 90 anos que decid...