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Mostrando postagens com o rótulo adoniran barbosa

Crônica cantada: O Casamento do Moacir, Adoniran Barbosa

A turma da favela convidaram-nos Para irmos assistir O casamento da Gabriela com o Macir Arranjemos uma beca preta E um sapato branco bem apertado no pé E se apreparemos para ir Na catedral lá da vila ré Quando os noivos estava no artar O padre começou a perguntar Umas coisas assim em latim: Qualquer um de vodis aqui presenti Tem alguma coisa de falar contra esses bodis? Seu padre, apara o casamento! O noivo é casado, pai de sete rebento Fora o que está pra vir O pai é esse aí - o Moacir! Que vexame! A noiva começou a soluçar Porque o noivo não passou no exame nupiciar Já acabou-se a festa Porque nóis descobriu O Moacir era casado Cinco vez, lá no estado do rio

Crônica cantada: Samba do Arnesto

Adoniran Barbosa , foi um cronista da cidade onde nasceu. Cantou São Paulo com carinho, sotaque e humor italianos.  Samba do Arnesto O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás Nós fumos não encontremos ninguém Nós voltermos com uma baita de uma reiva Da outra vez nós num vai mais Nós não semos tatu! No outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu desculpas mais nós não aceitemos Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa Mas você devia ter ponhado um recado na porta Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância, Assinado em cruz porque não sei escrever" Arnesto

Primeira Crônica Cantada

 Em agosto de 2010, totalmente desvinculado do grupo de leitura do já decadente Orkut o blog LivroErrante começou a trazer músicas que poderiam ser crônicas.  Inicialmente a série foi batizada como Crônicas da M.P.B e Adoniran Barbosa foi o estreante. Vale a pena reler e ouvir e se você tiver alguma sugestão para as próximas postagens, faça contato. Colabore com o que hoje chama-se Crônica Cantada e é postada aos sábados. Nota: Em  dezembro de 1983, foi fundado o Museu Memória do Jaçanã, por Sílvio Bittencourt, com a presença de dona Matilde de Lourdes Rubinato, esposa de Adoniran Barbosa. Sílvio, com a colaboração de antigos moradores, reuniu histórias, fotos, jornais, livros e outros objetos para dar início ao registro da história do distrito. Atualmente, o museu encontra-se em situação precária . (Wikipedia)

Crônica cantada: "Véspra" de Natal Adoniran Barbosa

Eu me lembro muito bem Foi numa véspra de natal cheguei em casa Encontrei minha nega zangada, criança chroando, mesa vazia, não tinha nada Saí fui comprar bala mistura Comprei também um pãozinho de mel E cumprindo a minha jura Me fantasiei de Papai Noel Falei com minha nega de lado Eu vou subir no telhado E descer na chaminé Enquanto isso você Pega a criançada e ensaia do Ding-bel Ai meu Deus que sacrfício O orifício da chaminé era pequeno Pra tirar de lá Foi preciso chamar Os bombeiros

Crônicas da M.P.B:Despejo na Favela/Abrigo de Vagabundo, Adoniran Barbosa

Despejo na favela Adoniran Barbosa Quando o oficial de justiça chegou La na favela E contra seu desejo entregou pra seu narciso um aviso pra uma ordem de despejo Assinada seu doutor , assim dizia a petição dentro de dez dias quero a favela vazia e os barracos todos no chão É uma ordem superior, Ôôôôôôôô Ô meu senhor, é uma ordem superior { 2x Não tem nada não seu doutor, não tem nada não Amanhã mesmo vou deixar meu barracão Não tem nada não seu doutor vou sair daqui pra não ouvir o ronco do trator Pra mim não tem problema em qualquer canto me arrumo de qualquer jeito me ajeito Depois o que eu tenho é tão pouco minha mudança é tão pequena que cabe no bolso de trás Mas essa gente ai hein como é que faz???? {2x Abrigo de vagabundos Adoniran Barbosa Eu arranjei o meu dinheiro Trabalhando o ano inteiro Numa cerâmica Fabricando potes e lá no alto da Moóca Eu comprei um lindo lote dez de frente e dez de fundos Construí minha maloca Me disseram que sem planta Não se pode construir Mas...

Crônicas da M.P.B:Vila Esperança - Adoniran Barbosa

Vila Esperança Adoniran Barbosa Vila Esperança, foi lá que eu passei O meu primeiro carnaval Vila Esperança, foi lá que eu conheci Maria Rosa, meu primeiro amor Como fui feliz, naquele fevereiro Pois tudo para mim era primeiro Primeira rosa, primeira esperança Primeiro carnaval, primeiro amor criança Numa volta no salão ela me olhou Eu envolvi seu corpo em serpentina E tive a alegria que tem todo Pierrot Ao ver que descobriu sua Colombina O carnaval passou, levou a minha rosa Levou minha esperança, levou o amor criança Levou minha Maria, levou minha alegria

Torresmo à Milanesa

Torresmo À Milanesa Carlinhos Vergueiro / Adoniran Barbosa O enxadão da obra Bateu onze horas Vamo simbora João Vamo simbora João O que é que você trouxe Na marmita dito Trouxe ovo frito Trouxe ovo frito E você beleza O que é que você trouxe Arroz com feijão E um torresmo à milanesa Da minha Tereza Vamos almoçar Sentados na calçada Conversar sobre isso e aquilo Coisas que nóis dois não entende nada Depois puxar uma paia Andar um pouco prá fazer o kilo É dureza João, é dureza João O mestre falou Que hoje não tem vale não Ele se esqueceu Que lá em casa não sou só eu Se segura Maria

Crônicas da MPB: Trem das Onze, Adoniran Barbosa

Inicio hoje uma série que vou chmar de: Cronicas da MPB, abro neste domingo com: Trem das Onze de Adoniran Barbosa. Sem fazer sucesso, a música foi gravada pelo  autor em 1951; Somente quando foi lançada no Rio  de Janeiro, pelo grupo paulista Demônios da Garoa é que tornou-se nacionalmente conhecida. Sucesso até hoje é uma crônica da vida da periferia da cidade de São Paulo. Adoniran Barbosa, estação Jaçanã que não existe mais - Imagem do  Google Trem Das Onze Adoniran Barbosa Não posso ficar Nem mais um minuto com você, Sinto muito amor, Mas não pode ser! Moro em Jaçanã, Se eu perder esse trem Que sai agora às onze horas Só amanhã de manhã! Além disso mulher, Tem outra coisa, Minha mãe não dorme Enquanto eu não chegar! Sou filho único, Tenho minha casa prá olhar, Não posso ficar, não posso ficar..