Cajueiros de Setembro, Cobertos de folhas cor-de-vinho, Anunciadores simples dos estios Que as dúvidas e as mágoas aliviam Àqueles que como eu vivem sozinhos. As praias e as nuvens e as velas de barcaças Que vão seguindo além rumos marinhos Fazem com que por tudo se vislumbrem Luminosos domingos em setembro, Cajueiros de folhas cor-de-vinho. Presságio, amor de noites perfumadas Cheias de lua, de promessas e carinhos, Vivas canções serenas e distantes, Cajueiros de sombras inocentes Debruçados à beira dos caminhos. In:CARDOZO, Joaquim, Poesias Completas, Ed.Civilização Brasileira 1979