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Mostrando postagens com o rótulo Feminismo

10 Livros Mais Vendidos na Flip 2024

  João do Rio :  o autor mais vendido na última Flip. O livro  Alma Encantadora das Ruas , que reune crônicas escritas ente 1904 e 1907 e editado em 1908, oferecido por duas editoras diferentes foi o livro mais vendido da Feira Literária de Parati. Bateu curiosidade? Bateu. Eu nunca li João do Rio. Nas crônicas o autor  percorre as ruas do Rio de Janeiro para reter a "cosmópolis num caleidoscópio". A cidade vivia um processo de transformação acelerada, passando de corte modorrenta a ambiciosa capital federal. Ela será o palco das perambulações de João do Rio, o dândi para quem o hábito de flanar definia um modo de ser e um estilo de vida. João do Rio saturava seus textos de reminiscências decadentistas, mas o olhar que fixava no presente era o de um observador que se abria para os tempos modernos. (Amazon) Os outros livros mais vendidos foram: A Mais Recôndita Memória dos Homen s , Mohamed Mbougar Sarr (Senegal) Quero Estar Acordado Quando Morrer , Atef Abu Sa...

Sobre o livro: A Falência, Júlia Lopes de Almeida

Júlia Lopes de Almeida foi uma escritora brasileira de grande atuação, desde os primeiros anos da República até a sua morte, em 1934. Publicado pela primeira vez em 1901,  A falência  foi um grande sucesso de estreia. Sendo bem recebido pela crítica, teve uma segunda publicação no mesmo ano, algo que só foi alcançado naquela década por escritores como Euclides da Cunha ( Os sertões) , Afrânio Peixoto ( A esfinge)  e Graça Aranha ( Canaã).  Lamentavelmente, desde então, a obra caiu no esquecimento, tendo sido trazida de volta pelo Vestibular da Unicamp, que a incluiu em sua lista de leituras obrigatórias.  No romance , Júlia Lopes de Almeida constrói um retrato da sociedade carioca do período, que se sobressai dentre suas demais obras ao evidenciar questões econômicas e morais (como o feminismo e o racismo). A narrativa se passa durante a República Velha, descrevendo as ações e os hábitos da família de Francisco Teodoro, um comerciante português que imigrou para ...

Opúsculo Humanitário, Nisia Floresta ( 5 capítulos)

  I        Enquanto pelo velho e novo mundo vai ressoando o brado - emancipação da mulher -, nossa débil voz se levanta, ná capital do império de Santa Cruz, clamando: educai as mulheres!       Povos do Brasil, que vos dizeis civilizados! Governo, que vos dizeis liberal! Onde está a doação mais importante dessa civilização, desse liberalismo?       Em todos os tempos, e em todas as nações do mundo, a educação da mulher foi sempre um dos mais salientes característicos da civilização dos povos. Na Ásia, esse berço maravilhoso do gênero humano e da filosofía, a mulher foi sempre considerada como um instrumento do prazer material do homem, ou como sua mais submissa escrava: assim, os seus povos, mesmo aqueles que atingiram ao mais alto grau de glória, tais como os babilônios, ostentando aos olhos das antigas gerações suas admiráveis muralhas, seus suspensos e soberbos jardins, suas colunatas de pórfiro, seus templos de jaspe, ...

Sobre Mulheres Feministas do Passado... Você sabia Que...

...O mais valioso quadro brasileiro foi pintado por uma mulher? TARSILA DO AMARAL - Ela é autora da pintura brasileira mais valorizada da história, o Abaporu. Tarsila é um dos nomes centrais da primeira fase do modernismo artístico no Brasil e foi uma das responsáveis pela organização da revolucionária Semana da Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo. ABAPORU - criado por Tarsila do Amaral em 1928, encontra-se no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires (MALBA) e está avaliado em US$40 milhões. O nome da tela foi dado por Oswald de Andrade (para quem a obra foi pintada) e Raul Bopp.  Segundo eles: Aba (homem) - Pora ( gente) - Ú (comer) da língua Tupi. Homem que come gente, tinha relação com o movimento antropofágico da época: Movimento Modernista. ...O primeiro livro feminista do país foi escrito lá em 1832? NISIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA- Outra precursora do feminismo no Brasil, ela é autora do mítico livro “ Direitos das Mulhe...

Maria Veléria Rezende, Uma Freira Escritora e Feminista.

   “Anote direitinho porque estou cega, mouca e fraca do juízo. Qualquer hora bato as botas”, brinca Maria Valéria Rezende.     Sobrinha-neta do poeta parnasiano Vicente de Carvalho, diz que uma de suas primeiras lembranças é a de escritores reunidos na casa de sua avó, em Santos, onde nasceu e foi criada. Aprendeu a ler sozinha, em francês. Estudou em um colégio de freiras e nunca pensou em se tornar escritora porque se encantou com as missões feitas pelas religiosas que eram suas professoras. Na faculdade, uniu-se a movimentos da juventude católica, conheceu a Teologia da Libertação e, em 1965, virou noviça. Faz parte da Congregação de Santo Agostinho, de religiosas educadoras de meninas e que não precisam usar hábito. “Quando éramos meninas, nos perguntavam se já tínhamos optado por ser freira ou por casar. Escolhi fazer os votos, que era muito mais divertido”, conta a irmã, entre uma baforada e outra de cigarro, hábito que mantém há 60 anos “...

A Noite Em Que Houve Um Acidente, Chimamanda Ngozi Adichie

          Eu me incomodava que a perfeição da tia Chinwe estivesse determinada pelo que fazia por seu marido     A tia Chinwe estava linda com um vestido cor de pêssego. “Acho que o Emeka sempre soube!”, disse com um sorriso. No pescoço usava um colar de coral. Tinha tanta energia quanto uma atriz de teatro no dia de estreia, cheia de entusiasmo, nervosa, ansiosa de convencer seu público com a versão de si mesma que ia mostrar para eles.      Dei ao tio Emeka o enorme cartão de aniversário que tínhamos comprado e ele me abraçou. “Como você está crescendo rápido! Em seguida, começarão a chegar os pretendentes. Mas primeiro eles precisam vir pedir minha permissão!”.

Nayyirah Waheed: A Americana do Momento no Instagram (1)

     Nayyirah, é uma jovem e reclusa americana que escreve boas poesias e é muito conhecida no Instagram.  Nayyirah Waheed fala muito e bem do que todos nós devemos ouvir: racismo, autoestima, feminismo.      Como acabei de me encantar por ela, vou dedicar algumas segundas-feiras poéticas a Nayyirah Waheed. Nota: A escritora tem dois livros: Salt e Nejma, ambos sem edição em português.  Fonte: Jornal Nexo.

O Que Estamos Lendo?

Hibisco Roxo , Chimamanda Ngozi Adichie De: Regina Porto (PE) Está com:  Amanda (PB) . Vai para: Ana Carolina (RJ) Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade extremamente “branca” e católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o jornal mais progressista do país. Durante uma temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato contundente e orig...