Não chove mais,
O rio só
tem o nome,
O homem obstrui o rio,
Faz o enterro do rio
Achando que o rio está morto.
Depois do enterro, seu jazigo:
Casas e casebres.
O homem se vangloria
O rio está morto
E pode com o rio.
O homem riu do rio.
Passam anos e mais anos
O homem nem lembra
quando enterrou o rio.
Lá vem a chuva,
Molhando a terra,
Encarnou no rio,
É a alma do rio.
E lá vem o rio
Derrubando casas e casebres
Levando tudo que ficar na sua frente.
O homem desesperado chora,
Perdera tudo pro rio.
Ledo engano, era tudo do rio.
O homem desolado
Não entende o rio
Achando que tinha o matado.
Mas o rio apenas dormia.
Por fim. O rio riu do homem.
Imagem: www.observatoriodoclima.eco.br
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