A aldeia não existe,
exceto quando uma árvore de cabelos escuros desliza no ar abrasador como uma mulher afogada.
aldeia está em silêncio. A noite fervilha com onze estrelas.
Ó, noite estrelada! É assim que
eu quero morrer.
Movimento. Elas estão todas vivas.
Até a lua incha em sua rigidez alaranjada
para, como um deus, afastar os filhos de seus olhos.
A velha serpente invisível engole as estrelas.
Ó, noite estrelada! É assim que
eu quero morrer:
nessa fera da noite veloz,
sugada por esse grande dragão, para me separar
de minha vida sem qualquer bandeira,
sem entranhas,
sem lamento.
Texto original:
The town does not exist
except where one black-haired tree slips
up like a drowned woman into the hot sky.
The town is silent. The night boils with eleven stars.
Oh starry starry night! This is how
I want to die.
It moves. They are all alive.
Even the moon bulges in its orange irons
to push children, like a god, from its eye.
The old unseen serpent swallows up the stars.
Oh starry starry night! This is how
I want to die:
into that rushing beast of the night,
sucked up by that great dragon, to split
from my life with no flag,
no belly,
no cry.
Imagem: Starry Night - Van Gogh
Óleo sobre tela 1889 - MoMa Nova york
Comentários
Postar um comentário
comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.