Penso em nós dois. A luz e a treva, lado a lado.
As cigarras em ti cantam festivamente,
Nos meus braços o vento é um choro desolado.
Perto de ti, vivo de ti separado
Que a luz comum que cai sobre nós, de repente,
Em mim nada mais é que um reflexo prateado
Enquanto em ti abre clarões de sol nascente.
Não tenho nada mais para dar-te. Meus braços
Sem folhas,sem calor, torcidos nos espaços,
Cavam sombras de dor no barro da barranca.
E na luz estival que entre as duas se espelha,
A árvore nova olha com pena a árvore velha
Como gostas de olhar a minha cabeça branca.
Mais uma delicia aplaudida pelo ANÔNIMO.Poesia e crònica.
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