Pular para o conteúdo principal

Crônica-cantada: Pilosofia Vurtuguesa, Eduardo Dusek


La la la láa. 2x
La la la la la

Ai uma coisa eu não aconcebo,
E nem posso aconcebeire,
Porque é que o sol nasce de dia,
Quando não devia seire.

Pois se de dia que é tudo tão claro,
O que o sol vem aqui fazeire?
Já que de noite quando é tudo escuro,
É que ele deveria de seire.

La la la láa. 2x
La la la la la

Ai portugal não foi para a guerra,
Mas tampouco também não acovardou-se,
Cobriu portugal com um pano,
Escreveu em cima: "portugal mudou-se".

Vocês tem vatapá e feijoada,
Lá nós temos vinho e bacalhau,
Se voces tem o Chico Buarque,
Lá nós temos o roberto leal.

La la la láa. 2x
Arrebita, arrebira, arrebita.
Ai cachopa se tu queres ser bonita,
Arrebita, arrebita, arrebita.

Vocês que dizem que nós somos burros,
Más viemos de longe e descobrimos o brasil,
Pois mais burra foi a argentina,
Que estava aqui do lado e não viu.

Quando chegamos avistamos esta terra,
Gritamos com um brado varonil,
Oaaaaaaaahhh, ai terra a vista!
Oaaaaaaaah, aaai! levei um tapa!

Acho que foi de pedro alvares cabral
Ou de ana maria rodrigues,
Ou pedro alvares e maria fica na lisboa de cima
Que eu fico na lisboa debaixo.

O moisés ou o marcos tem que mandar ensençar este teatro.
Opa! aaaaaaaii, aaaaaiii, "respeite um fadista com hemorroidas!"
Aaaaaaii, aaaaaaaaii, aaaaaaaii terra a vistaa!
Terra vista? opa! você disse "terra a vista"?

Pois hoje em dia é a prazo
Que se vende o Brasil

Comentários

Postar um comentário

comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.