Eu não te quero mal
por esse orgulho que tu trazes;
por esse teu ar de triunfo iluminado
com que voltas…
… O mundo não é maior
que a pupila dos teus olhos:
tem a grandeza
da tua inquietação e das tuas revoltas.
… Que teu irmão que ficou
sonhou coisas maiores ainda,
mais belas que aquelas que conheceste…
Crispou as mãos à beira do mar
e teve saudades estranhas, de terras estranhas,
com bosques, com rios, com outras montanhas
– bosques de névoa, rios de prata, montanhas de oiro–
que nunca viram teus olhos
no mundo que percorreste…
Fonte:Poet'anarquista
(Mindelo,Cabo Verde- 23 de Dezembro de 1907 — Lisboa, 25 de Janeiro de 2005)Manuel António de Sousa Lopes -Foi um ficcionista, poeta e ensaísta, um dos fundadores da moderna literatura cabo-verdiana e que, com Baltasar Lopes da Silva e Jorge Barbosa, foi responsável pela criação da revista Claridade.
Gostaria de ter mais informações sobre este livro. Pois os poemas são riquíssimos.
ResponderExcluirSr. Desconhecido. Postei esse poema tirando de um blog (cometi o erro, notei agora, de não dar a fonte. Vou corrigir). Naquela ocasião quis comprar algum livro do escritor e não encontrei edição brasileira. Muitos textos de autores luso africanos só são conhecidos no Brasil através de blogs. Embora as ex colônias tenham inegáveis talentos, nós brasileiros dispomos apenas de uns poucos autores em nossas livrarias. Aceito indicação. Abraço.
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